30.7.05

Subscritores do Manifesto # 2

Lista da quase totalidade* dos primeiros 2500 subscritores do Manifesto em defesa da Av. dos Aliados e da Pr. da Liberdade ( número entretanto largamente ultrapassado, tendo sido recolhidas até terça-feira passada mais 1164 assinaturas)
A
Abecassis, Eduardo- professor
Abramorici, Amarante- cineasta
Abramorici, Mª Regina Rodrigues Pinheiro Guimarães- escritora/professora UP
Abramorici, Serge (dito Sagenail)- cineasta
Abreu, Carlos Manuel da Silva Miranda de- técnico profissional
Abreu, Maria Angelina Fragata de- professora de ensino básico
Abreu, Renata -
Abrunhosa, José Manuel Gomes – médico
Afonso, Ana Cristina de Palma -func. administrativa
Afonso, Inês da Silva- prof. reformada
Afonso, Tiago Manuel Sousa Dias- cineasta
Aguiar, Carlos Alberto Costa de – médico
Aguiar, Ivo Ricardo Lino -
Albuquerque, Rosa Olga Jesus – professora
Alexandre, Isabel Maria de Almeida -emp. hotelaria
Almeida, Carlos André Veloso Moreira de- técnico laboratorial
Almeida, Alfredo Luis- estudante
Almeida, Amélia Margarida - professora
Almeida, Ana Beatriz Pereira A. Borges de- estudante
Almeida, Ana Maria Rocha Dias - bancária
Almeida, Ana Paula
Almeida, Ana Sousa- comerciante
Almeida, Ana -médica/dentista
Almeida, António Barral- comerciante
Almeida, Arminda Monteiro – escriturária
Almeida, Carlos- professor
Almeida, Dulce Moreno Marques de – arquitecta
Almeida, Francisco José de- técnico de ar condicionado
Almeida, Isabel Maria – professora
Almeida, João Paulo Maia de- engenheiro
Almeida, Joaquim Jesus Barros – funcionário público
Almeida, José Carlos da Silva- recepcionista
(...)
Continuar a ler lista dos primeiros 2500 subscritores
*1-inclui os primeiros subscritores via internet; 2- não inclui as assinaturas... ilegíveis;
3- se encontrar algum erro por favor comunique para o mail portoaliados@sapo.pt

"...Quem te defende...?"

Na Avenida (dia 24.07.05)

29.7.05

Subscritores do Manifesto via internet- actualização

28.7.05

Entregue à bicharada

Enquanto que na parte superior da plataforma ajardinada da Avenida dos Aliados que ainda não foi destruída, dá gosto passear e descansar nos seus bancos, mais em baixo, todo o espaço circundante de uma das estátuas mais emblemáticas do Porto, a Menina Nua de Henrique Moreira, está literalmente entregue à bicharada.

É confrangedor ver este espaço todo invadido e conspurcado por uma população de pombos completamente fora de controle. Sabendo o perigo para a saúde pública que estas aves em número assim elevado podem constituir, sentindo-me chocada e envergonhada pelo que tal espectáculo significa de desleixo e desrespeito pela cidade e pelos cidadãos, pergunto: quem são os responsáveis? Porque tardam em tomar medidas? Se é assim que tratam a chamada "sala de visitas" da cidade como cuidarão do resto?
Não são precisos projectos megalómanos para "chamar as pessoas" à Avenida! Comecem pelo asseio! Beleza já ela tem, e história! Só não tem quem cuide dela por mais que apregoem aos quatro ventos que a amam!


27.7.05

Os jardins dos Aliados # 1


Avistada dos passeios a única zona ajardinada que resta da Avenida dos Aliados exerce um fascínio compreensível: apetece ver de perto os canteiros cuidados oferecendo combinações dos mais diversos cambiantes de verde, ou o colorido das flores sazonais; os bancos "amigáveis"- que aqui não se encontram ocupados pelas pombas- convidam a um pouco de descanso; os próprios Meninos da estátua, favorecida pela moldura de folhagem e pela luz que sobre ela incide, dir-se-ia estarem a chamar-nos...

E é no mínimo estranho (para não dizer irritante) ouvir ultimamente certas pessoas -que parecem ter descoberto agora este local- afirmar que ninguém vem (ou vai) à Baixa e declarar em tom displicente que a Avenida dos Aliados é um mero ponto de passagem para quem apanha autocarros e vai aos correios... Poderá ser "apenas" isso, para as centenas, milhares de pessoas que diariamente por ali "apenas" passam, quando "meramente" vão para o trabalho ou dele vêm. Nesse vaivém muitas há que apreciam a zona ajardinada ainda existentes e que até transpõem a barreira das três vias de trânsito intenso e barulhento; no entanto, (talvez) a grande maioria não faz a mínima ideia do que está previsto para este local: "Aquelas obras ali em cima? Foram para o metro. Não tarda nada que reponham os jardins... "


Todavia são cada vez em maior número as pessoas que começam a estar a par do que está projectado e que não se coibem de exprimir a sua indignação, nomeadamente assinando o manifesto em defesa da Avenida dos Aliados e da Praça da Liberdade.
Com efeito não chega discordar é preciso (pelo menos) assinar!

26.7.05

Nos Jornais- "Campo Aberto pede embargo às obras de requalificação da avenida dos Aliados"

Por Patrícia Carvalho n 'O Comércio do POrto
«A requalificação da avenida dos Aliados já arrancou, sem que tenha havido uma discussão pública sobre o projecto dos arquitectos Siza Vieira e Souto de Moura, conforme fora sugerido pela Assembleia Municipal (AM) do Porto. Estando em causa uma das vias mais emblemáticas da cidade, a plataforma ambiental Campo Aberto pediu ao Instituto Português do Património Arquitectónico (IPPAR) que embargue os trabalhos, cuja conclusão está prevista para Agosto. Contudo, o director regional do IPPAR no Porto, Lino Tavares, lembra que um embargo "é um acto administrativo usado em ccasos extremos", e ressalva que a intervenção da Metro do Porto na avenida está a ser acompanhada pelo organismo que dirige. Contudo, o projecto global dos Aliados só recentemente chegou ao IPPAR e está ainda em análise.
Conforme está previsto no plano para a avenida dos Aliados, a calçada portuguesa já começou a ser retirada, sendo substituída pelo granito que há-de uniformizar toda a zona. Apresentado nos paços do concelho a 14 de Março, o projecto, que prevê o desaparecimento de todos os canteiros floridos e o nascimento de uma nova fonte junto à praça General Humberto Delgado, não foi sujeito a consulta pública, apesar da recomendação da AM nesse sentido.
Um facto lembrado pela Campo Aberto, em carta enviada ao presidente da Câmara, Rui Rio, onde é citada a lei para lembrar o autarca que as autoridades são obrigadas a "audição dos cidadãos interessados e das entidades defensoras dos interesses que possam vir a ser afectados quando estão em causa projectos ou planos relevantes."
Numa outra missiva, dirigida a Lino Tavares, a Campo Aberto apela ao embargo dos trabalhos, lembrando que "a avenida dos Aliados está inserida no parâmetro de protecção da área de património mundial e é um dos cartões de visita da cidade".
A plataforma ambiental considera que os Aliados serão alvo de "destruição significativa do que se encontrava à superfície" e recorda o IPPAR que "o conjunto da praça da Liberdade, avenida dos Aliados e praça General Humberto Delgado encontra-se em vias de classificação desde 1993".

Do lado do IPPAR, contudo, o embargo é visto com cautela. Lino Tavares explica que este acto administrativo só é usado "em casos extremos" e garante que toda a intervenção da Metro nos Aliados está a ser acompanhado pelo organismo que dirige. Contudo, acrescenta, a análise tem sido feita "em intervenções parcelares", uma vez que apenas "foi apresentado agora o projecto mais amplo". Ou seja, todas as alterações de que a avenida será alvo, no seu conjunto, estão ainda em análise por parte do IPPAR.
"As novidades introduzidas por causa do metropolitano tem sido todas vistas em pormenor, a Metro tem sido óptima. Agora, a lei geral do país é clara: em áreas de protecção de imóveis classificados ou em vias de classificação é necessário o aval do IPPAR", esclarece Lino Tavares, afirmando: "Julgo que dentro de dias daremos o nosso parecer".
Já no que concerne à ausência de discussão pública sobre o projecto, Lino Tavares explica: "Como cidadão, acho que os debates públicos são fundamentais em tudo. Como responsável do IPPAR, tenho que dizer que isso não é da nossa responsabilidade".

O PS e a CDU poderão pedir uma reunião extraordinária da AM para discutir esta questão. »

Ainda a Reunião Pública

(Reprodução do slide final da esclarecedora intervenção de José Rio Fernandes na Reunião Pública do dia 6 do corrente mês; segue um beve resumo)

O Dr. Rio Fernandes abriu a sessão e, delineando a sua génese, explicou as razões pelas quais esta zona emblemática da cidade, em que surgem configurados pelo menos três momentos históricos bem distintos, é uma zona de grande valor patrimonial.
Foi veemente na sua crítica da imposição à cidade de uma contemporaneidade descaracterizadora que uniformiza e destrói o que é único, processo iniciado com as "requalificações" da Porto 2001 e agora continuado com este projecto.
O aspecto económico-social e a oportunidade da intervenção em curso, numa cidade tão carente de obras mais urgentes, também foram questionados.
Para além destes aspectos, e no âmbito da evolução moderna das cidades, RF explicou ainda o alcance do conceito de "metrópole policêntrica" e concluiu a sua apresentação lembrando as vantagens de se desmultiplicarem as intervenções urbanísticas, privilegiando pequenas intervenções localizadas e descentralizadas e deixando de lado as grandes operações formais.

25.7.05

A estátua de D. Pedro IV na Praça da Liberdade

«Essa emblemática estátua foi fundida em Bruxelas, por volta de 1860, pelo escultor francês Calmels e custou cerca de 30 contos de réis (30.000$000 réis), uma pequena fortuna para a época, tendo em conta que o rendimento mensal médio de um operário não atingiria os 6$000 réis. Grande parte destes custos foram pagos através de subscrição pública, pela burguesia da cidade, o que revela bem o poder económico do Porto, em meados do século XIX.O motivo principal para a encomenda do monumento foi a celebração do trigésimo aniversário do desembarque liberal. Assim, no Verão de 1862 foi colocada em plena Praça Nova (depois Praça de D. Pedro e hoje Praça da Liberdade) a primeira pedra do pedestal. Contudo, a estátua só seria inaugurada em 1866, mais precisamente no dia 19 de Outubro, com a presença do rei D. Luís, neto do próprio D. Pedro IV. (...)»
(In Aere perennius , por Mário Bruno Pastor, Setembro 2004)



«...Nesta altura, a placa central ainda era quadrada, e o rei, sozinho no seu cavalo, ainda não tinha que partilhar a sua antiga praça com as mãos cheias de automóveis que diariamente ocupam o lugar.
Ao longo do século XX, a Praça foi definhando e, de centro económico, social, político administrativo e simbólico, passou a placa giratória de trânsito, cruzada apenas pela população na pressa de um café ou de picar o ponto no emprego.
O rei, contudo, manteve-se firme enfrentando o Sul e liderando o Porto, ainda que algumas mentes brilhantes o quisessem afastar do lugar (e até, espantem-se, virá-lo ao contrário!), retirando-lhe a austral iluminação solar e a carga histórica de afrontamento ao absolutismo lisboeta, onde está desde 1866 ao leme da Invicta cidade, como ele próprio epitetou. Não merecerá o rei, que doou o seu coração à cidade, o seu nome na toponímia portuense? (...) »
( In O Porto e a República , por Jorge Ricardo Pinto, Outubro 2004)


Praça da Liberdade, Julho 2005 -(adenda: Praça da Liberdade, Dezembro 2005 ;-(

Ler, a propósito: "O valor da praça-avenida" - por José Rio Fernandes (22/07/05)
(arquivado em: ALIADOS- FOTOS * ALIADOS-HISTÓRIA )

24.7.05

Opinião # 9- "Acima a Baixa (3)"

Crónica de Costa Carvalho (no Comércio do Porto)
Extravagário - Acima a Baixa (3)
« (...) Com estes antecedentes histórico-parentais, julgo-me com direito a perguntar duas ou três coisas à sociedade do "masterplan", salvo seja! E digo simplesmente "perguntar" e não "colocar questões", porque não sou tão erudito quanto os meus colegas dos meios audiovisuais. Perdoe-se, pois, ao beócio.

A pergunta inicial é: a unificação espacial da Avenida dos Aliados e da Praça da Liberdade irá significar uma só unidade toponímica, com a imolação da Liberdade? Se sim, dois avisos à navegação: primeiro, Salazar, manholas e não artolas, ao menos nessa Liberdade de fachada ou de placa nunca tocou, honra lhe seja feita; segundo, «a esquerda burra é muito mais antiportuguesa que a direita burra (que essa é babada por Portugal e o Salazar)», como escreveu Jorge de Sena numa carta a Vergílio Ferreira.
Outra perguntinha: o senhor D. Pedro IV e a sua real montada vão mudar de picadeiro? Se vão, aí é que bate a pincha. A subscrição pública de há 140 e tantos anos obrigaria, cuido eu, a respeitar-se a vontade e a bolsa dos portuenses, uma e outra sempre esmifradas pelas iniciativas camarárias e quejandas. Importava, por consequência, e na impossibilidade de se ouvir os egrégios avós, saber o que do assunto pensam os seus descendentes. Ou "A Portuguesa" é só letra e tudo continua a ser o da Joana?! (...) »
Ler texto completo

(arquivado em : ALIADOS- OPINIÃO * ALIADOS-HISTÓRIA)

22.7.05

Opinião # 8 - "O valor da praça-avenida"

por José Rio Fernandes (geógrafo - prof UP)

«Mas, permitam-me que realce o que, para mim é mais importante: o valor da praça-avenida como a obra mais emblemática de uma certa maneira de fazer cidade que marcou o movimento das "avenidas da cidade" e que, no caso do Porto, trouxe de Inglaterra Barry Parker, um homem muito importante (com Howard e Unwin) do urbanismo do princípio de século.
Com todo o respeito pelos arquitectos, entendo urbanisticamente incorrecto que a cidade altere aquele que é um espaço do maior significado, o qual, como o Jardim da Cordoaria, deveria ter transportado para o futuro tal como foi concebido, marcando uma determinada época que a cidade viveu.
Por isso, ao contrário da alteração dos pavimentos, arborização e mudança da estátua de costas para o rio e de frente para o Rio, talvez se pudesse discutir o alargamento da placa de D. Pedro IV e a classificação da praça-avenida... »


Comentário transcrito (com autorização) da PNED (Porto e Noroeste Em Debate- lista de discussão mantida pela Campo Aberto)

"...por que razão a estátua do famoso cavalo real tem de estar de costas para a Avenida..."


Como já (na PNED) C. Carvalho chamou a atenção, numa entrevista à revista Porto Sempre (nº 8, p.11) A. Siza "alegadamente" revela ter pouco conhecimento da História do Porto ao se interrogar sobre a razão pela qual a estátua do famoso cavalo real tem de estar de costas para a Avenida. (Não é propriamente o cavalo real que nos interessa mas D. Pedro IV a cavalo, mas adiante...)
Como não deve ser o único a interrogar-se (apesar de ser o único a ter um projecto em mãos...)aqui ficam os esclarecimentos de um perito (transcritos com a devida autorização)

«A estátua estava, e graças aos portuenses ainda está, virada a Sul por dois motivos simples que me parece que têm de ficar esclarecidos de uma vez por todas:
1 - Razão Simbólica -> D. Pedro está virado contra o absolutismo Lisboeta de seu irmão D. Miguel.
2 - Razão geográfica -> A iluminação solar no hemisfério Norte tem origem ao Sul durante grande parte do dia solar e nunca (mas nunca mesmo) vem de Norte (aliás, regra seguida pela grande maioria das estátuas do Porto e da Europa).


Conclusão: virar a estátua terá as seguintes conclusões:
1 - Perderá simbolismo histórico e a vontade de quem a decidiu ali colocar.
2 - Passará a ter a sua parte frontal escura durante o dia, ou pelo menos ensombreada.
3 - Matará definitivamente o conceito de Praça da Liberdade, a mais importante da cidade no passado.
4 - Implicará, segundo circula neste
fórum, custos absolutamente pecaminosos.
Jorge Ricardo Pinto (geógrafo-prof. Ensino Superior) que sobre o assunto já tinha escrito aqui e aqui.»

21.7.05

O Projecto da Av. dos Aliados nos blogues- actualização

Blogues indexados: A Baixa do Porto; A cidade surpreendente; Absolute Ego Dance; allegro ma non troppo; Arma de distracção maciça; Avenida dos Aliados ; Bateria da Vitória ; bEIJaMeMuiTo; Blasfémias; Cabo raso; Campo Aberto; Dias com Árvores; Fonte das Virtudes; Novas Energias; Portuense; Poste 327; provotar ; quasOÁSIS; Quartzo, Feldspato & Mica ; SEDE ; Two roads
(Consultar)

Frase # 5

«O que se passa é que lamentavelmente os interesses económicos se sobrepõem à cidade e sua história.»

"60 Mil Contos ou 120 mil contos? "

«Ou, "como poupar umas massas"
Não foi muito comentada (que eu visse) nem em Blogs nem na comunicação social, a informação, prestada por um interveniente na recente
Reunião Pública "Em Defesa dos Aliados" , de que a operação de rodar 180º a estátua do D. Pedro, custaria a módica quantia de 60 Mil Contos!!! (assim mesmo contos à moda antiga)
(...)
Começo então por questionar:
Alguém acha que vale a pena gastar 60 Mil Contos para virar a estátua para o Norte? Alguém acha que é uma prioridade para a Cidade gastar 60 Mil Contos a virar a estátua para o Norte? Alguém acha que é por causa de permitir um melhor enquadramento ao acesso à estação do Metro que se vai gastar 60 Mil Contos a virar a estátua para o Norte? Alguém acha que é a altura correcta, dada a necessidade de conter a despesa pública, para gastar 60 Mil Contos a virar a estátua para o Norte? (...) » (publicado por António Moreira no Provotar em 12 de Julho)
Ler texto completo

19.7.05

Subscritores do Manifesto #1 -actualização

Via INTERNET
(última actualização em 19 de julho)
......................................................
Inicia-se a publicação dos nomes dos primeiros subscritores do Manifesto-Abaixo assinado em Defesa da Avenida dos Aliados e da Praça da Liberdade . Na lista agora publicada apenas constam os nomes das pessoas que manifestaram o seu apoio através do mail portoaliados@sapo.pt (e como continuam a fazê-lo esta lista será periodicamnete actualizada)
....................................................
Como aqui foi noticiado o primeiro conjunto de 2510 assinaturas recolhidas até 11 de Julho foi nesse mesmo dia entregue na Assembleia Municipal do Porto. Entretanto esse número já foi LARGAMENTE ultrapassado pois a recolha de assinaturas PROSSEGUE!
...................................................
Se ainda não subscreveu o Manifesto e gostaria de o fazer não hesite: faça-o pela INTERNET através do mail portoaliados@sapo.pt ou peça informações através desse mesmo mail acerca dos locais onde pode assinar em papel ;-)

17.7.05

Frase # 4

«Outros (...) desdenham e tentam politizar o que não cabe em assunto partidário: a nossa querida Avenida dos Aliados. Ela nunca terá partido a não ser o do bom senso e o do respeito pelo património que os antigos nos legaram.»

(Alguém que há mais de quarenta anos calcorreia diariamente a Av. dos Aliados, onde trabalha!)

"Uma nova Baixa revela-se..."

"Surprise!"
Escondidas atrás dos tapumes das obras e por vedações mais ou menos opacas, ei-las que começam a ser desvendadas, as "bocas" de acesso à estação subterrânea do Metro ( a da Avenida, aquela que ninguém entende, nem tão pouco questionou).
A nova Baixa que se anda a anunciar há já uns tempos começa a revelar-se agora.
O jogo de tons dos vários granitos surpreenderá (pela negativa uns, pela positiva outros, eu sei, eu sei... eu compreendo...os mestres...)
Ah!? Mas uma perguntinha inocente, inocente: será que os meus olhos vêem ali do lado direito do corrimão negro, na pedra fria e polida, um entalhe para um canteirinho, perdão, um rodriguinho? Não não pode ser. Para que servirá então? "Mystery!"


Cinzento sujo


O estado de sujidade do novo revestimento dos passeios da Avenida dos Aliados -em que se substituíu a calçada polida de calcário e de basalto por cubos de granito baço e cizento, cor de cimento -é pura e simplesmente alarmante, tendo em vista a sua curta existência: pouco mais de três meses. Se levarmos em conta que se trata de calçada de zonas apenas pedonais não será necessário um grande esforço para se imaginar qual o aspecto daquelas por onde passará o trânsito. Isto porque o projecto prevê a "uniformização" de todo o piso (passeios e vias para o trânsito) com este material.

(no comments!;-(

16.7.05

Nos jornais -"Obras nos Aliados chegam a Bruxelas"

«A contestação ao projecto de renovação da Praça da Liberdade e da Avenida dos Aliados chega a Bruxelas. Cinco associações cívicas do Porto solicitaram, ontem, por carta, a intervenção do comissário europeu do Ambiente, depois de terem enviado, na semana passada, queixas para o Ministério Público e Inspecção-Geral do Ambiente contra a Empresa do Metro e a Câmara Municipal do Porto.
(...)
As associações consideram a atitude da Câmara e da Empresa do Metro "censurável", acusando-as de desrespeitar o estudo de impacte ambiental da Linha Amarela, no troço da Avenida dos Aliados e da Praça da Liberdade - previa a recuperação do jardim com a reposição do desenho existente antes da obra de construção da estação de metro nos Aliados - e a violar a legislação (lei nº 83/95) por não lançar um debate público nem promover a audição dos cidadãos nessa intervenção.
Na missiva remetida ao ministro das Obras Públicas (publicada no blog da Associação Campo Aberto) , as cinco entidades pedem a "urgente interrupção das obras" e o agendamento de uma audiência o mais rapidamente possível para expor as razões da contestação do projecto para os Aliados, de Siza e de Souto Moura. C.S.L.»

Ler notícia completa no Jornal de Notícias

14.7.05

Av. dos Aliados - queixas ao Governo português e a Bruxelas

Do blogue da Campo Aberto transcreve-se o seguinte:

«Numa nova iniciativa para pôr cobro ao flagrante desrespeito pela lei que representa a transformação em curso na Avenida dos Aliados / Praça da Liberdade, foram hoje enviados, em nome das associações Campo Aberto, ARPPA, APRIL, GAIA e Olho Vivo, volumosos dossiers sobre a Av. dos Aliados às seguintes entidades:

- Presidente da República;
- Ministro do Ambiente, Ordenamento do Território e Desenvolvimento Regional;
- Ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações;
- Ministro dos Assuntos Parlamentares;
- Presidente da Comissão Parlamentar de Educação, Ciência e Cultura;
- Comissário Europeu do Ambiente.

Cada dossier é acompanhado por uma carta e inclui transcrições das anteriores queixas da Campo Aberto sobre o mesmo assunto (aos Presidente da Câmara do Porto, ao Provedor de Justiça, ao IPPAR e ao Ministério Público), cronologia do processo, recortes de imprensa, selecção de fotos do local, imagem do projecto e cópia das 2510 assinaturas contra as obras já recolhidas.

Reproduzimos em baixo a carta ao Sr. Ministro das Obras Públicas. A substância das outras cartas é semelhante, e por isso nos dispensamos de as divulgar.

(Ler carta

13.7.05

Nos jornais- "Abaixo-assinado na Assembleia Municipal"

Defesa dos Aliados com 2500 assinaturas - no Jornal de Notícias
2500 assinaturas contra as obras na Avenida dos Aliados no Público
Abaixo-assinado contra projecto dos Aliados chega à Assembleia Municipal n'O Comércio do Porto

Comentário: Nas notícias refere-se que o Abaixo-assinado foi "promovido por seis associações ambientalistas " e que foi "uma representante da associação ambientalista Campo Aberto" que entregou o documento. É verdade que sou membro da Campo Aberto e também é verdade que entretanto uma plataforma de Associações "apadrinhou" (e ainda bem ;-) a iniciativa; mas o que é um facto, e foi frisado na nossa conversa com os jornalistas Patrícia Carvalho do Comércio e Abel Coentrão do Público, é que a entrega das assinaturas não foi feita em nome das Associações mas sim em nome de todos os subscritores e isto porque, inicialmente, o Manifesto/Abaixo-assinado não foi promovido em nome de nenhuma Associação.

As iniciativas que entretanto se preparam e de que brevemente se dará conta, com a entrega de dossiés -que incluem esta primeira "leva" de assinaturas e outros documentos -a diversas instituições (nomeadamente ao Sr. Presidente da Câmara Municipal do Porto) essas sim serão iniciativas levadas a cabo em nome das Associações.

Nos Jornais...há um ano!

(Atenção!!! Notícia de HÁ UM ANO : 12 de Julho de 2004)
«Metro dá Liberdade aos peões. Praça sem carros, que circularão na Avenida dos Aliados apenas entre a Câmara e o cruzamento com as ruas de Magalhães Lemos e Elísio de Melo. Projecto de Siza abandonado
A Praça da Liberdade ficará sem viaturas e a calçada portuguesa regressará ao jardim da Avenida dos Aliados, à boleia da Metro. A empresa vai suportar a recuperação da avenida portuense, obedecendo ao desenho municipal.

O projecto do arquitecto Álvaro Siza, encomendado pela Sociedade Porto 2001, não será realizado pela Câmara do Porto. A intervenção ainda não tem data marcada, no entanto a expectativa de conclusão cumpre-se em 2006. (...)
No jardim da Avenida dos Aliados - hoje esventrado para construir a estação do metro -, a calçada portuguesa está de volta.»

Ler notícia completa no JN de 12 de Julho de 2004

12.7.05

Opinião # 7 "Inquietações"

Crónica de Bernardino Guimarães publicada no JN

«1) Para muitos cidadãos, o que se está a passar na Avenida dos Aliados, suscita dúvidas e - é por demais patente — assomos de indignação. O projecto de transformação daquele espaço, assinado por dois famosos arquitectos, foi pouco ou nada discutido. Paira no ar a sensação, de resto já várias vezes experimentada, de que o « espírito do lugar», o seu peso histórico, afectivo, vivencial, não foi considerado como devia ser. E o Porto tem, demasiadas vezes, na última década, sofrido essa falta de diálogo e ponderação, de todos os problemas envolvidos em operações de « requalificação» com semelhante impacto.Um debate sério, atento, envolvente, teria talvez poupado, à cidade, uma polémica que promete não ficar por aqui. (continuar a ler )»

.

Nos Jornais -TERTÚLIAS DO COMERCIAL

«Tantas obras no Porto... ou o debate público de que a cidade precisa
A requalificação da Avenida dos Aliados, as obras no troço final da Avenida da Boavista, o imbróglio criado em torno do Túnel de Ceuta, a polémica passagem do metro em frente ao Hospital de S. João... Tanta empreitada na cidade do Porto serviu de mote à Tertúlia do Comercial de anteontem, subordinada ao tema "Tantas obras em fim de mandato". Em discussão estiveram os projectos, a estratégia do actual executivo camarário, liderado por Rui Rio e, sobretudo, a necessidade de debate sobre as ideias e as intervenções no espaço público portuense, bem como a identidade da cidade.

Rogério Gomes, director do COMÉRCIO, lançou o mote para o debate:
"Acho inadmissível a quantidade de obras que foram lançadas praticamente às escondidas da cidade", observou, considerando importante "acabar com este procedimento de apresentar projectos acabados sem que a cidade se possa pronunciar sobre eles".

Cristina Azevedo, da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento da Região Norte (CCRD-N) foi ainda mais longe, notando que
"o reconhecimento identitário dos cidadãos não pode ser passado a ferro" e vincando que a postura de não os envolver nas escolhas se traduz num "maior afastamento dos cidadãos, pela noção estrita de que nada podem fazer, porque tudo lhes é apresentado como um dado adquirido e de forma casuística".

Com isto, estava, também, feita a ponte para outro dos temas que perpassou o debate: a coordenação das intervenções camarárias. Alcino Soutinho, arquitecto, referiu-se às empreitadas em curso como "soluções avulsas mal apropriadas pelos cidadãos" e vincou que, devido aos "poucos esclarecimentos sobre os processos", fica "sem saber se os protestos são razoáveis". Certa, na sua perspectiva, parece ser a "falta de visão e a falta de soluções globais para a cidade", que se traduzem "num envolvimento pouco lógico que nos conduz ao pessimismo".

Sílvio Cervan, presidente da Assembleia Municipal de Gaia tem opinião ligeiramente diferente: "A crítica que posso fazer é relativamente ao método. Embora tenha algumas dúvidas sobre a eficácia, o ideal seria envolver os cidadãos nas decisões".

Seguiram-se as intervenções de Teresa Andresen e de Rui Moreira. E o presidente da Associação Comercial do Porto (ACP) insistiu na crítica a uma "atitude de sobranceria em relação ao que é nosso", a qual, diz, produz "um sentimento de orfandade quando se anda na rua".

Finda a intervenção do painel fixo das tertúlias, e dada a palavra ao público, as críticas surgiram da parte da Paulo Rangel, relator do programa de candidatura da actual maioria camarária. Rangel censurou as críticas ao presidente Rui Rio e o aparente descarregar de ressentimentos sobre o edil. O debate acabaria por deixar os aspectos mais concretos dos projectos e das obras um pouco de lado, centrando-se um pouco mais na actuação do actual executivo.

A arquitecta Manuela Juncal fez questão de responder, insistindo na necessidade de debate e vincando que, três anos passados sobre a tomada de posse de Rio,
"o ponto de situação a fazer não é sobre as obras, mas sobre os métodos". Também o arquitecto Alexandre Burmester lamentou a "política de imposição de obra", em vez de uma "política de participação pública". Tiago Fernandes, do blogue "A Baixa do Porto", sustenta, igualmente, que "a Câmara tem de permitir a intervenção pública" e que é preciso deixar a sociedade civil "funcionar".

Manuel Seabra, vereador socialista da Câmara de Matosinhos, aproveitou para censurar "a total ausência de estratégia de desenvolvimento da cidade nos últimos três anos".

Luís Braga da Cruz, deputado do PS, centrar-se-ia no Plano Director Municipal (PDM), que considerou "cinzento". Alcino Soutinho, por seu turno, considerou-o "redutor" e "absolutamente político".

Elogios à SRU
Mas, o próprio Braga da Cruz fez questão de sublinhar que
"no Porto nem tudo é mau". A saber: "A Sociedade de Reabilitação Urbana da Baixa, ao procurar a intervenção ao nível do quarteirão de forma integrada, pode ter algum sucesso". Já antes, Cristina Azevedo tinha observado que "parece residir na SRU a oportunidade de reverter um processo de falta de estratégia e de participação dos cidadãos".

A terminar, Rui Moreira deixou no ar a pergunta, talvez para servir de tema para outra tertúlia: "Vale a pena discutir o Porto ou não? E, quando questionamos o papel da autarquia, não será preciso perguntar qual tem sido o papel da oposição?". »

"Uma nova Baixa anuncia-se..."

.




...veja que beleza ;-(

11.7.05

As primeiras 2510 assinaturas!

Foi hoje à noite entregue, em mão, na Assembleia Municipal do Porto a primeira série de assinaturas num total de 2510.
A recolha, no entanto e como já aqui foi referido, prossegue!
(Começaremos em breve, e à medida da nossa disponibilidade, a publicar os nomes destes primeiros subscritores.)

10.7.05

Razão de ser do Manifesto/ Abaixo-assinado
(para quem apenas ligou agora...)

9.7.05

Nos jornais

8.7.05

"NÃO CHEGA DISCORDAR..."

...É PRECISO ASSINAR!"
Na Baixa, em plena Avenida dos Aliados , um "janota" de capacete está com o Manifesto em Defesa da Av. dos Aliados e da Pr. da Liberdade à sua disposição. E não faltam informações e fotografias de como era dantes. Como está agora é só abrir os olhos e ver a destruição!



A 1ª contagem das assinaturas vai ocorrer na próxima 2ª feira, mas a recolha prossegue!
Significativo é o facto de muita, mas mesmo muita gente, pura e simplesmente não acreditar que as zonas ajardinadas não sejam reconstituídas! "Não, isto é enquanto não arranjam.Vai ficar tudo como estava!". Já mo tinham contado e eu ouvi-o da boca deste velho homem que fui reencontrar, mais acima, solitário, sentado ao pé da estátua de Almeida Garret.
Era o fim da tarde.

Frase # 3

«... é mau demais para ser verdade!»

Queixa contra a Câmara M. do Porto e a empresa Metro do Porto enviada ao Ministério Público

Já não é apenas uma ameça ... a queixa foi enviada hoje!

Carta enviada ao Ministério Público
«Exmo. Sr. Procurador da República
As associações Campo Aberto, ARPPA – Associação Regional de Protecção do Património Cultural e Natural, APRIL – Associação Política Regional de Intervenção Local, Olho Vivo, Quercus e Gaia – Grupo de Acção e Intervenção Ambiental, vêm, ao abrigo dos artigos 9º e 10º da Lei n.º 35/98, apresentar queixa contra a Câmara Municipal do Porto e contra a empresa Metro do Porto, S.A. (dono da obra), e solicitar uma rápida intervenção dos Serviços do Ministério Público nos moldes que V. Ex.ª. considerar serem os mais ajustados, de acordo com o que passamos a descrever. (...)»

O que diz o Estudo de Impacte Ambiental

Ler textos completos no blog da Campo Aberto

A recolha de assinaturas

Dar maior visibilidade ao movimento cívico que se insurge contra a intervenção em curso na Baixa e angariar subscritores do Manifesto em Defesa da Avenida dos Aliados foi um dos objectivos da reunião pública realizada na passada quarta-feira e aqui noticiada.













Na próxima segunda-feira vai proceder-se à 1ª contagem de assinaturas e à publicação dos resultados. No entanto a recolha de assinaturas irá continuar pois há inúmeros cidadãos que só agora estão a ter conhecimento do "abaixo-assinado" e do projecto!
Se quiser subscrever o Manifesto por favor peça informações para portoaliados@sapo.pt
*****
Invulgar exemplo de cidania é o caso deTeresa Leal (que vemos de pé na fotografia) senhora de avançada idade que tomou a iniciativa de promover um "abaixo-assinado" e conseguiu recolher nada menos do que 1080 assinaturas contra as obras, que já foram entreguesà Câmara, à Assembleia Municipal e ao Governo Civil. O texto subscrito era o seguinte:
«Movimento Cívico de Cidadãos do Porto contra a substituição da Calçada Portuguesa na Avenida dos Aliados por granito
Grupo de portuenses indigandos com as mudanças radicais, sucessivas e, em muitos casos , inoportunas que têm vindo a ocorrer na cidade, de há uns anos para cá, vem manifestar a sua oposição ao desaparecimento da Calçada Portuguesa, substituída por granito, constante do projecto de requalidficação da Avenida dos Aliados.
Quando em todas as cidades europeias se tenta preservar os vestígios da História, aqui estraga-se, apaga-se, delapida-se património, não olhando aos custos que tais acções acarretam e sobretudo a perda de valores que constituem a memória colectiva de todos nós.»

(Comentário: Pois foi justamente contra este respeitável grupo de cidadãos que um conhecido arquitecto da nossa praça se insurgiu em termos desrespeituosos num artigo de baixíssima categoria publicado no último número da revista UPorto .
Lamentável que em vez de apreciar criticamente o projecto -presumo ter sido isso o que lhe foi solicitado- o autor do referido artigo se perca em juízos de valor sobre as pessoas que não simpatizam com a chamada "requalificação".)

Reunião pública nos Jornais

A reunião pública Em Defesa dos Aliados promovida pelas associações ARPPA, APRIL, Campo Aberto, GAIA, Olho Vivo, Quercus Porto é hoje notícia nos Jornais.


Queixas para parar Aliados (n'O Primeiro de Janeiro)
Intervenção nos Aliados dá lugar a queixa no Ministério Público (n'O Comércio do Porto)
Aliados contra as obras (no Jornal de Notícias)
Cidadãos indignados com projecto de Siza e Souto Moura para a Avenida dos Aliados (no Público)


Ver nas entradas anteriores algumas passagens destas notícias.

7.7.05

Nos Jornais: "Obras nos Aliados podem chegar ao Ministério Público"

1ª notícia sobre a reunião de ontem publicada no jornal metro


(fotos em breve)

Opinião # 6 - "Todos pela Avenida dos Aliados"

por Beatriz Pacheco Pereira n' O Primeiro de Janeiro

«Esta semana falei com gente ligada à Camara Municipal do Porto, e todos me garantiram - quando chegarem as eleições, a transformação radical do pavimento da Avenida dos Aliados estará completa, ou seja, o processo parece já irreversível no ponto de vista da nossa autarquia.
Abri o PRIMEIRO DE JANEIRO de 5 de Julho, e parece que a Provedoria da Justiça se vai interessar pelo caso, devido à queixa de uma associação chamada Campo Aberto e de um tal Nuno Quental que não conheço mas que já aqui felicito. Ou seja, devido a uma queixa bem encaminhada, que exija o cumprimento de leis existentes, a 33/95 e a 107/2001, que incidem , a primeira, num DEBATE PÚBLICO para obras de grande envergadura e a outra, na CONSERVAÇÃO DO PATRIMÓNIO, temos alguma esperança de que as coisas se componham no sentido elementar do bom senso.
Contudo, uns minutos depois de ler o PRIMEIRO DE JANEIRO, recebi em casa a revista da Câmara Municipal do Porto (o último número , avisam eles, antes das eleições autárquicas…) e cuja capa me anuncia “UMA CIDADE COM RESPEITO PELA SUA HISTÓRIA” . Tudo se desfaz rapidamente. Na página 23, está uma fotografia da apresentação feita em Março e onde estão Souto Moura e Sisa Vieira, rodeando Rui Rio, e outra foto do PAVIMENTO. Vejamos. O pavimento, segundo a revista da CMP, é para “conferir uma maior uniformização a todo o espaço…” (Leia-se, mais um terreiro de granito para o Porto, depois da Praça dos Leões, da Praça dos Poveiros, da Praça D. João I, Praça da Batalha…)

(...)
APELO FINAL: Muita gente me tem manifestado a sua discordância quanto às alterações propostas para Avenida. Mas porque será que os Média estão tão calados, não há uma revolta popular como houve com o Coliseu, nem listas de milhares de assinaturas a dizer “A AVENIDA É NOSSA”, com as televisões a transmitirem em directo gente a dizer, daqui não arredo pé, e a impedirem este desaforo todo?
Ó GENTE DO PORTO, QUE É FEITO DA VOSSA ALMA?A Avenida dos Aliados, a nossa zona de passagem do lado oriental para o ocidental da cidade, também não será muito simpática para os nossos idosos, que gostariam de se sentar confortavelmente. Para além, claro, de questões meramente estéticas e de tradição cultural.»
Ler notícia completa

6.7.05

Opinião # 5 "Porto Cinzento"

Opinião do arquitecto Gomes Fernandes (no Jornal de Notícias de hoje)

"Avenida dos Aliados transforma-se numa sensaborona mancha de um cinzento incaracterístico"
«A moda do granito confere à cidade o clima urbano de uma "sopa de pedra"
(...)
Andam muitas obras na cidade e outras já andaram subordinadas "à moda" do granito, que fazem uma interpretação excessivamente minimalista da relação deste material com os espaços urbanos. É granito no pavimento de ruas e passeios, nas bocas do metro, nos bancos de jardins, de cor escura e monótona, uniforme, ocupando espaços até aí adquiridos no imaginário do cidadão com outras tonalidades, mesmo justificado desenho, conferindo à cidade clima urbano de uma "sopa de pedra", com os ingredientes da mesma, dizem-me, já oriundos da China.
(...)
Que o Porto está a ficar mais cinzento parece um facto, por opções arquitectónicas e de desenho urbano que nada têm a ver com a velhice ou os nevoeiros, mas exclusivamente por não haver lugar ao contraditório opinativo nem a humildade de ir escutando a voz modesta mas sensata dos portuenses. É para dar a voz a muitos deles, que em tal sentido se me dirigiram, que esta crónica reage a essa moda cinzenta com que querem embrulhar a sensibilidade e apagar o imaginário de muitos cidadãos. O Porto tem patine cinza, mas não pode resignar-se a ficar transformada numa cidade cinzenta! »


Ler texto completo no Jornal de Notícias

5.7.05

Nos Jornais

Provedor analisa obras nos Aliados (no JN)
«A Provedoria da Justiça vai analisar a reabilitação da Avenida dos Aliados, no Porto. Na sequência da carta enviada a 5 de Maio pela associação Campo Aberto, o provedor determinou a abertura de um processo para averiguar se foi ou não cumprida a lei. (...)
Amanhã à noite (21.30 horas), o projecto para os Aliados será debatido na Fundação Engenheiro António de Almeida. Contará com a participação das associações APRIL, ARPPA, Campo Aberto, GAIA, Olho Vivo e Quercus. »

Rui Rio ouvido sobre os Aliados (no PJ)
«A Provedoria de Justiça vai ouvir Rui Rio em relação ao projecto de requalificação da Avenida dos Aliados. O processo suscitado por uma carta enviada pela associação Campo Aberto pretende avaliar o cumprimento de duas leis, uma acerca da participação pública e outra sobre o património. (...)»

1.7.05

CONVITE - Reunião pública

«6 de Julho de 2005
Convidam-se os Cidadãos interessados em defender os valores postos em causa pelo processo relativo ao projecto e à obra em curso na Avenida dos Aliados / Praça da Liberdade, para uma Reunião a ter lugar na próxima 4.ª feira, dia 6 de Julho, pelas 21h30, no Auditório da Fundação Eng. António de Almeida, Rua Tenente Valadim, 231/325.

Esta Reunião conta com a presença de várias Associações Culturais e Ambientalistas
(ARPPA, APRIL, Campo Aberto, GAIA, Olho Vivo, Quercus Porto) bem como de personalidades convidadas.
Ordem de Trabalhos:
1 – Projecto para a Avenida dos Aliados / Praça da Liberdade
2 - Informações Várias

NOTA EXPLICATIVA
Em finais do passado mês de Abril, a empresa Metro do Porto S.A. iniciou as obras de remodelação da Avenida dos Aliados segundo um projecto adoptado sem qualquer consulta pública e por ajuste directo. Esse projecto prolonga a estética perfilhada pelos da Porto 2001 da substituição da "calçada portuguesa"
por grandes superfícies cobertas a granito sem qualquer respeito por árvores e zonas ajardinadas. Além da descaracterização e perda patrimonial que estas intervenções significam, o granito agravará notoriamente, como já sucede noutros locais da cidade, as condições climáticas locais, nomeadamente a ilha de calor, com sérias implicações para a qualidade ambiental da cidade.
Uma intervenção tão radical no coração da cidade do Porto, com impacto relevante no ambiente e nas condições económicas e sociais dos portuenses, nunca deveria ter avançado desta lamentável forma autocrática (Lei n.º83/95). Só uma ampla consulta popular, seguida de concurso público em que fossem claros os valores patrimoniais a preservar, poderia legitimar uma intervenção transformadora na Av. Aliados e Praça da Liberdade.
Na ausência de um tal procedimento, a Metro do Porto SA dever-se-ia limitar a cumprir o contrato e simplesmente repor a traça original do conjunto.
Não podemos assistir mudos e quedos a um processo que, por afectar um local tão emblemático, abre as portas a todo o tipo de intervenções arbitrárias na cidade à revelia dos seus cidadãos. Está a circular um abaixo-assinado de protesto que já recolheu um número representativo de assinaturas. As Associações cívicas e os portuenses não podem alhear-se deste movimento.
A sua presença é importante. Não falte! Exerça o seu direito de cidadania e faça ouvir a sua opinião.

(...)
Agradecemos toda a ajuda que possa dar na divulgação da reunião e na recolha de assinaturas.
Aqui vão alguns atalhos com informação sobre o projecto e as obras em curso.
(a) Informação oficial da Câmara:
http://www.cm-porto.pt/pageGen.asp?SYS_PAGE_ID=455902&ID=1373
http://www.cm-porto.pt/document/449218/477155.pdf
(b) Imagens das obras, exibindo o contraste entre a calçada portuguesa o
granito:
http://campo-aberto.blogspot.com/2005/06/na-avenida-dos-aliados-as-obras.html
(c) Fotos da Praça da Liberdade ainda não tocada pelas obras:
http://dias-com-arvores.blogspot.com/2005/06/o-ltimo-vero.html»