31.5.06

Revista de blogues- Maio

  • Siza em Guimarães -31 Maio: «O «espírito do lugar» - Siza partilhou com a audiência o gozo que lhe dá passear pelas cidades, extraindo desse exercício peripatético aquilo a que chamou «espírito do lugar»... Como se sabe, às vezes os maus espíritos importunam o médium. Deve ter sido o que aconteceu nos Aliados e, pelos vistos, em Madrid ...»- DOLO EVENTUAL
  • "Porto Vivo ou Porto Morto" 31 de Maio-«Deixem-me aqui um aparte - quem assim fala, neste caso escreve, é um verdadeiro portuense.Eu também me sinto ferido com essas destruições. A história vos renegará, gente sem tino, das malfeitorias!... Por mim não há absolvição possível! E eu que ingenuamente pensava que as aberrações como a destruição no passado do verdadeiro Palácio de Cristal já não aconteceriam nos dias de hoje!...»-Magistério6971
  • Sobre o novo livro de Paulo Morais ou talvez não -30 de Maio : «Fui a um colóquio sobre o urbanismo do Porto nos próximos 10 anos e ouvi o actual vereador do Urbanismo Lino Ferreira ... gostava de ter estado na discussão do projecto da Av. dos Aliados porque partilho de muitas das vossas preocupações ... »SEDE
  • A arquitectura agora é uma actividade técnica? (ver comentários)-29 Maio:«É curioso que a arquitectura tenha sido reduzida a uma mera actividade técnica. Acontece que a arquitectura tem uma componente estética subjectiva não ...»-Blasfémias
  • Guerra do fogo de vista -27 Maio:« O problema é que o cavalheiro, pelos vistos, não saberá o que fazer da requalificação da Avenida dos Aliados, uma espécie de Edifício Transparente sem edifício ...»-Fonte das Virtudes
  • Um homem honrado In Jornal de Notícias, 23/05/2006 *Tenho Rui Rio ... -24 Maio: «A Avenida dos Aliados e o deserto em que a cidade se tornou depois do "boom" de 2001 ficam como paradigma da sua gestão ...»-Em continências
  • Não pára de aumentar a contestação á obra pública de Siza Vieira ... -22 Maio: «Obrigado sr siza Vieira por ter tirado o jardim da Avenida dos Aliados , aquele cinza do chão é muito mais cool , os punks vão adorar ... »SUGA - MENTES
  • Aliados, Flores e Mouzinho 22 Maio«... o Município do Porto e a Metro do Porto deparei, no ponto 52, com um facto que desconhecia e que me deixou indignado: o estudo elaborado por Álvaro Siza para a Avenida dos Aliados era «constituído por uma curta memória justificativa ... »DOLO EVENTUAL
  • O Universitário das obras 22 Maio:«Por certo não será a contemplação da obra que está a ser feita na Avenida dos Aliados, pois é de tão péssimo gosto ...» CORGE AK
  • Obras mal amadas-22 Maio: «São eles a Avenida dos Aliados no Porto, a marginal de Leça em Matosinhos, a marginal de Vila do Conde e o eixo Prado-Recoletos em Madrid. (...) Como dizia Louis Kahn, "a arquitectura não existe; o que existe é a obra de arquitectura" ... »-o quintal deles
  • O QUE FALHOU? 21 Maio «...o JN publicou na passada sexta-feira , cuja menção é o último conjunto de obras públicas projectadas por Siza Vieira (Avenida dos Aliados no Porto, a marginal de Leça em Matosinhos, a marginal de Vila do Conde e o eixo ... » Kafka - O Antivilacondense
  • De: Jorge Ricardo Pinto - "Memória" -12 Maio:«Sinceramente, estou farto destas operações de marketing, seja a propósito do retorno à Baixa, que nos pede para ver como ela já está bonita (onde?!)...»-A Baixa do Porto
  • Avenida dos Aliados 11 Maio- «Hoje fui resolver uns assuntos para o lado da Avenida dos Aliados e fiquei ... Quanto aos Aliados, se a intervenção foi por causa do metro mais valia não terem ...»-A Lei da Metamorfose
  • A entrevista11 Maio: «Cinza Vieira: ainda recentemente alterei a Avenida dos Aliados. Aquilo estava cheio de espaços verdes para as pessoas ... Se reparar até combina melhor com as cores dos pombos da cidade do Porto!!!... »o quintal deles -
  • 1º de Maio, no Porto-10 Maio «Se dizem por aí, que Lisboa está toda esburacada, pude constactar com a objectiva da minha máquina, que neste momento a «Avenida dos Aliados» não lhe fica atrás. Mas o belo edifício da Câmara do Porto, lá se encontra, do alto da Avenida ... »Kalinka -
  • De: F. Rocha Antunes - "Desacordo com o Arquitecto Pulido Valente" -9 Maio:« ... de discussão pública, um projecto para a Praça principal da cidade. ...»-A Baixa do Porto-
  • De: Pulido Valente - "Manifestação em Madrid contra abate de árvores"-8 Mai 2006 :«A estas horas o Álvaro deve estar todo cheio de "panache" por ter tido tanta gente a dar-lhe importância em Madrid. Deve pensar que os que vão à frente têm de sofrer na carne estas coisas dos atrasados que não os podem compreender. ... »-A Baixa do Porto
  • O regresso do eléctrico -8 Maio:«As obras de transformação da Avenida dos Aliados e da Praça da Liberdade estão a aproximar-se da conclusão e, sem voltar a falar no absurdo da solução adoptada ...»-Cimeira do Ambiente, Segurança e Qualidade
  • Um gosto particular-7 Maio:«É o Porto fechado, bairrista, marginal (mais uma vez, esqueço negativismos). Mas agora algo está a ser mudado. A praça de Liberdade, ou Avenida dos Aliados, alterou a sua face. A sala de visitas da cidade ficou sem árvores, sem jardim! ...» Francisco del Mundo
  • AV.ALIADOS EVOLUÇÃOouREVOLUÇÃO 7 Maio:«Pavimentos... no Porto.. calçada.. polémica.. aliados? Novo tema: AV ALIADOS! o projecto, a polémica, a retirada da calçada, o antigo piso, o novo piso... que brainstorming que surgiu naquela altura! Elementos do grupo: 4...»- fcbtudojunto

27.5.06

Arquitectura, estrelato, "modernismos" e democracia



Excerto do artigo de João Pereira Coutinho, "Sobre arquitectos e Modernistas...etc" (Speakeasy), in Atlântico nº15, Junho 2006, a propósito do artigo de Miguel Sousa Tavares sobre Siza em Madrid .

Pois..."percebe-se" que não passe pela cabeça do arquitecto que o projecto (para Madrid) e a apreciação do júri pudessem estar errados.
No caso das "nossas" Avenida dos Aliados e Praça da Liberdade -nem concurso, nem júri, e muito menos discussão pública!
Serão os 'arquitectos estrelas' os únicos culpados? De modo algum: os principais responsáveis são até talvez os que de 'mão beijada' permitiram que isso acontecesse. Ou melhor que isso continue a acontecer, em conivência passiva e comungante com a"natureza potencialmente autoritária da arquitectura moderna" .
E no nosso entender, atropelando a lei, menosprezando os apelos dos cidadãos, funcionando de um modo inadequado e escandalosamente autocrático.

Nota:
Gostava de poder publicar o artigo em questão na íntegra. Trata-se de uma análise interessante sobre a diferença essencial entre artes como a literatura e a pintura - que podemos livremente usufruir ou ignorar, e a arquitectura- expressão artística com uma função colectiva, a que não nos podemos furtar. Daí, por mais vezes do que as desejáveis, a sensação de imposição agressiva, de autoritarismo que origina: «Mas a arquitectura é por definição inescapável: ela impõe-se indiferentemente como realidade colectiva. A natureza potencialmente autoritária da arquitectura moderna, que horroriza Sousa Tavares , e com razão, parte dessa confusão primeva entre expressões artísticas distintas.» (id.)

26.5.06

A ler- ARQUITECTOS ESTRELAS

Artigo do arquitecto Juli Capella sobre o "fenómeno mundial" do vedetismo ou "estrelite" dos arquitectos de renome (publicado originalmente em'El Periódico de Cataluña', a 23 de Maio 2006 )

«ARQUITECTOS ESTRELLADOS
[Subtítulos posibles:
Arquitectos y políticos unidos en busca de la repercusión mediática.
La arquitectura se está convirtiendo en un desfile de caprichosas vedettes
Poner el talento creativo al servicio del ego o de la sociedad
Cuando el talento se convierte en arrogancia y la sociedad no se beneficia.]


El fenómeno del arquitecto estrella sigue imparable rozando el ridículo sideral. Políticos y arquitectos conjuran sus respectivos egos, enormes, para dejar huella en la sociedad que los elige y sustenta. Embaucadores o arrogantes, pensando en quedar petrificados para la gloria futura, o creyendo que con la varita mágica de una firma, resolverán un acuciante problema urbanístico.
(...)
Participación no entra en el vocabulario de muchos arquitectos vedette. Quien los solicita debe rendirse a su obra incondicionalmente. Les estorba la opinión pública, los vecinos, los servicios técnicos y los demás arquitectos, -Nouvel no quiere otra torre al lado de la suya de Agbar-. Si no se acepta su criatura, se enfadan y se van. En la polémica de la remodelación del Paseo del Prado, Álvaro Siza ha sido tajante: “no pienso cambiar el concepto”, a lo sumo, a regañadientes, admitirá algunos retoques menores, él no puede haberse equivocado.
(...)
Todos los arquitectos del star system tienen un talento extraordinario, no hay duda de ello, y sí algo de envidia en mi crítica, pero la cuestión es cómo lo utilizan. Si mejoran nuestras ciudades, o sólo hinchan su ego y su cartera a cuenta de los espectadores, que no usuarios. Creo que si no cumplen los encargos que reciben ya no son arquitectos, entonces debemos considerarlos artistas. Y en el mundo del arte, ya se sabe, todo vale, quien quiera una escultura que apoquine.»

Ler texto completo em AE arquitectura SCALAE: Documento: Arquitectos estrellados, por Juli Capella

25.5.06

Frase # 33

«“Só conhecemos a cidade do Porto se andarmos por ela. Esta peça de teatro não é mais um livro, mas um pedaço de vida. Todos temos o direito a sonhar um pouco mais e lembrar os bons tempos de algumas zonas como a Avenida dos Aliados, que agora é uma autêntica miséria”» Júlio Couto aqui
(a propósito do lançamento do livro Porto Profundo de Alfredo Correia)

Frase # 32

«Que as obras parecem mal amadas, parecem, e é pena! Por isso, a pergunta que vantagem haverá em usar apenas argumentos meramente formais ou de simples afirmação de autoridade para fazer valer projectos e obras de interesse público?»
Manuel Correia Fernandes in Obras mal amadas

Frase # 31

«(...)Reduza-se então o assunto a uma questão de direitos: as pessoas não têm o direito de gostar de árvores e de rochas, ou é mais importante o direito dos arquitectos a não gostarem? O que serve, afinal, a arquitectura - não serão as pessoas?»
Miguel Sousa Tavares, Siza em Madrid (Expresso-13.05.06)

Ler Frase# 29 (por Siza Vieira)
Outras Frases

20.5.06

Siza no Porto

Título de crónica que Miguel Sousa Tavares nunca escreveu...

(Par contre opinou sobre -SIZA EM MADRID)

Em destaque

18.5.06

Incontestado em Portugal ?!

«Incontestado em Portugal, o mais célebre arquitecto nacional encontrou em Madrid uma oposição que não esperaria. A baronesa Thyssen agarrada a uma árvore passou a ser um ícone da reforma, dita "arvoricida", que propõe para o Paseo del Prado.
Até hoje, o professor tem projectado sem críticas públicas, embora, nalguns casos, com lamentos privados. A partir de agora, mesmo que seja verdade (como diz) que há motivações pessoais, políticas e profissionais por trás da contestação, Siza perdeu o estatuto de inatacável. Ver-se-á o reflexo em Portugal.»
No Expresso (edição semanal - de 13 de Maio)

Assim se faz Jornalismo em Portugal: tudo muito bem documentado e fundamentado!
Senhor(a) Jornalista (on line sem id.) não costuma (ao menos) pesquisar na Internet?

Parece que não, pois caso contrário, conheceria o movimento de contestação à "requalificação" dos Aliados e da Praça da Liberdade aqui no Porto; e teria, quem sabe- dado conta das manifestações de desagrado "pelo conceito" expresso na requalificação das marginais de Leça da Palmeira e de Vila do Conde, lido sobre o desconforto provocado pelo parque da estacionamento da Mumadona em Guimarães , e até eventualmente ouvido falar das "torres" projectadas para Alcântara (ver: aqui, aqui, aqui...)

Adenda:
Marginal de Leça da Palmeira ; Blogosfera Vilacondense debaixo de fogo ; Vivam todos os Speaker's corners do Sinzentismo

14.5.06

"Pela noite -Indagações Rui Moreira"

No Público- Local de hoje (14 de Maio 2006)
«Passeei à noite pela Baixa. Abandonei o carro na Rua do Ateneu, na esquina onde havia o mural do "preto da Casa Africana", carregado de caixas de chapéus, e admirei a fachada iluminada do silencioso Rivoli. Parei na D. João I, com os seus corcéis recortando a fachada listada do Palácio que foi Atlântico. Passei pela Brasileira e resisti ao café romano porque uma faixa prometia um aterrador karaoke. Segui a calçada portuguesa e entrei na Sampaio Bruno, onde havia transacções ilegais de acções quando a Bolsa disparou em vésperas da Revolução, e de moeda estrangeira quando os cravos desabrocharam.
Quase sem querer, porque de facto não queria, cheguei aos Aliados que não via há meses. Quando lá passo de carro, prefiro fixar o autocarro à minha frente para não olhar o que me desgosta.
A calçada desapareceu e há um manto escuro de granito, um derrame de nafta que se espalha e já não espelha a luz. Recordei-me da Noite de Abril, de Sophia, e vi que uma nova praça destruiu a praça do costume. Olhei a Menina Nua, cabisbaixa entre arames, e entrei no Guarani. Ganhei um novo ânimo, porque só nesta cidade se toma por 85 cêntimos o melhor cimbalino do Mundo ao som do piano. Saudei o D. Pedro que resistiu, valente, à rotação a que fora condenado. De costas voltadas, despreza as modas, repousando o olhar nas Cardosas. De esguelha, é verdade, porque, ainda inconformado com a Estação de São Bento, prefere mirar o modernismo da Vitália. Egito Gonçalves explicou que "razão teve el-rei para doar à invicta cidade o coração, mas esse posto a salvo no resguardo prateado da Lapa: ali ouve missas, concertos de órgão. Longe do corpo, nada o perturba, goza as flores das beatas, o repouso do guerreiro".
Subi os Clérigos, vigiado pela torre, tão alta que inspirou Jorge de Sena a acreditar que com ela a solidão se pode tornar humana. Lembrei-me dos tempos de criança em que cobiçava os brinquedos do Bazar Esmeriz enquanto a minha avó fazia compras na Aveleda, onde me davam pastilhas de mentol, do Tavares Martins enfiado na sua livraria mágica. Na velha rua, aflita, deserta e velha, sobram as lojas de vestidos de noiva, talvez porque infeliz e esquecida, se metamorfoseou numa daquelas donzelas desenganadas que passavam décadas cuidando do enxoval e esperando a chegada do prometido noivo, que nunca regressaria da viagem em busca da fortuna no Brasil. Aterrado com o chão de granito sarapintado das Galerias de Paris, trepei a escadaria da Praça de Lisboa, que foi feira e estacionamento antes de ser uma galeria com cafés e livrarias. Agora que o fast food morreu, mais não é que uma tampa vazia, com aba betonada.
Do outro lado da praça, alguém que não apreciava o nosso querido bispo António inspirou-se no Batman para o esculpir em formato de morcego.

Atravessei a Cordoaria, mal iluminada por horríveis pimenteiros. Perdeu a má fama, mas sucumbiu ao mau gosto; a sua magia deve estar enterrada nas campas rasas que fazem a vez de bancos. Instalaram bonecos em posições duvidosas, mas esvaziou-se de gente de corpo e alma, deixando o António Nobre mais só entre os gordos plátanos que sobreviveram ao vandalismo bacoco. Apreciei as novas tílias envergonhadas plantadas às três pancadas à porta do Piolho, onde reinava grande animação, e resisti a entrar na Carlos Alberto careca que deve ao Ricardo Figueiredo não ser hoje um tanque de rega. Admirei o Art Deco dos Cunhas que ainda prometem novidades sob o seu pavão emplumado que desafia os Leões.
Na Gomes Fernandes, ao lado da neonizada Quinta do Paço, onde se comprava nata e que agora anuncia "ecléres e chantilly", trespassa-se a loja com os bustos de halterofilistas que seguravam um desaparecido tolde. Desci a Rua de Ceuta, evitei o túnel da discórdia e cheguei, enregelado e desanimado, ao meu carro. Guiando e ouvindo Pedro Abrunhosa na rádio, pensei que a nostalgia era um mau sinal, prenúncio da meia-idade. Chegado a casa, folheei o jornal e li que, em Madrid, havia quem garantisse que se amarraria às árvores para evitar o camartelo (ainda por cima português) da modernidade. Pensei no Pedro e no Coliseu e arrependi-me de não ter ido até à estátua do Garrett, pedir-lhe coragem emprestada para ir para a rua gritar "Basta!". »

A não perder

A entrevista no Quintal deles
«Com as recentes noticias que têm vindo a publico nos meios de comunicação social, relativamente à nova Marginal de Vila do Conde , o Quintal Deles organizou uma mesa redonda com o Arq. Cinza Vieira , autor da polémica obra e com o Sr. Presidente da Câmara de Vila do Conde, Eng. Mário Almeida. (...)»

12.5.06

Nos jornais


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Obras nos Aliados em tribunal- no JN
«A reabilitação da Avenida dos Aliados e das praças de Liberdade e do General Humberto Delgado, no Porto, voltará a ser discutida no Tribunal Administrativo e Fiscal do Porto.
Após a providência cautelar ter sido considerada improcedente em Fevereiro, as associações cívicas Campo Aberto, GAIA e APRIL, (...) interpuseram, ontem, uma acção administrativa especial contra o Instituto Português do Património Arquitectónico (IPPAR), a Câmara do Porto e o Ministério do Ambiente, Ordenamento do Território e Desenvolvimento Regional

(...) Nuno Quental, da Campo Aberto, explica que o objectivo não é a reposição do conjunto dos Aliados, tal como estava antes da intervenção, o que implicaria um novo investimento pago pelo erário público. (...)
Mas lembra que o reconhecimento judicial da razão das associações não poderá ficar impune."O Ministério Público terá de adoptar iniciativas para apurar as responsabilidades civis" , salienta Nuno Quental. Deverá servir ainda de exemplo para que, no futuro, haja participação popular nos projectos significativos de requalificação do espaço público. »

11.5.06

Acção Administrativa Especial

Deu entrada no Tribunal Administrativo do Porto -tal como foi anunciado na nota à imprensa do mês de Fevereiro divulgada pelas associações Campo Aberto, APRIL, GAIA após se ter sabido que a pretensão de suspender as obras não tinha sido atendida-
uma Acção Administrativa Especial (Versão em pdf aqui )

Contra:

  • o Instituto Português do Património Arquitectónico (IPPAR)
  • o Ministério do Ambiente, do Ordenamento do Território e do Desenvolvimento Regional (MAOTDR);
  • o Município do Porto;
  • e a Metro do Porto S.A.

10.5.06

HÁ um ANO!

3.5.06

...arrogância e pobreza emocional...

Mário Cláudio - Jornal de Letras de 26 de Abril

«O Porto vem deixando progressivamente de ser um local identificante. Não há arquitecto notável que não faça todos os possíveis por pôr o seu ovo no ninho dos outros, atitude através da qual não apenas manifestam a sua arrogância, mas patentemente a sua pobreza emocional.
Quando não me entristecem, os lugares portugueses tendem a afastar-me cada vez mais. Por isso saio, por isso passo muito tempo em Itália, país onde os centros históricos continuam a ser históricos, onde a colagem urbanística se sobrepõe à rasura sem remédio, e onde existe afinal lugar para as assinaturas de autor sem apagamento do texto que as precedeu.»

Outras opiniões