Dos Jornais -"Arranjos nos Aliados não respeitam impacte ambiental"
No Público- local por Nuno Corvacho
«A intervenção prendeu-se, para já, com o alargamento dos passeios e a colocação de um piso de granito
Os arranjos à superfície efectuados na Avenida dos Aliados, na sequência da instalação da linha subterrânea de metro, já foram feitos de acordo com o polémico projecto de Siza Vieira e Souto Moura [ ao contrário do que afirmou Oliveira Marques*]. É certo que está apenas em causa o alargamento dos passeios donde partem os acessos à estação de metro e a colocação de um piso especial de granito; outras mudanças passaram apenas pela reposição das condições normais de circulação do trânsito automóvel. No entanto, a intervenção foi feita já no pressuposto de que o resto da praça virá a obedecer à mesma matriz.
Recorde-se que os dois projectistas idealizaram um espaço em que a velha calçada portuguesa será substituída por granito escuro e os canteiros da faixa central darão lugar a um terreiro com árvores. A intervenção é defendida pela câmara e pela empresa Metro do Porto como corolário do novo arranjo urbanístico para o local, mas suscitou já um abaixo-assinado de 6200 cidadãos (enviado nomeadamente para a câmara e para a Assembleia da República) a criticarem algumas características do projecto e sobretudo a queixarem-se da ausência de discussão pública.
Anteontem, o assunto foi apreciado pela Comissão Parlamentar de Educação, Ciência e Cultura, tendo na ocasião o presidente do Instituto Português do Património Arquitectónico (Ippar), João Rodeia, elogiado o projecto de Siza e Souto Moura, o qual, de resto, já recebeu parecer positivo daquele instituto em Junho último.
Na mesma sessão, o presidente da Comissão Executiva da Metro do Porto, Oliveira Marques, admitiu a possibilidade de o estudo de impacte ambiental (EIA) não vir a ser cumprido na íntegra. Para esta situação, recorde-se, continua a valer o EIA respeitante ao impacte geral da rede do metro e que foi elaborado no final da década de 90, antes sequer de haver obras no terreno. Esse documento determinava que na construção das estações se procurasse preservar "tanto quanto possível" o espaço preexistente à superfície. No entanto, não é essa claramente a intenção dos responsáveis públicos neste caso, pois já foi anunciado o objectivo de mudar os Aliados de alto a baixo. E, ao que o PÚBLICO soube, não foi elaborado nenhum estudo de impacte ambiental especificamente para esta zona da cidade.»
A propósito ler: Comentário e Leis & castigos
[ *]- adenda
«A intervenção prendeu-se, para já, com o alargamento dos passeios e a colocação de um piso de granito
Os arranjos à superfície efectuados na Avenida dos Aliados, na sequência da instalação da linha subterrânea de metro, já foram feitos de acordo com o polémico projecto de Siza Vieira e Souto Moura [ ao contrário do que afirmou Oliveira Marques*]. É certo que está apenas em causa o alargamento dos passeios donde partem os acessos à estação de metro e a colocação de um piso especial de granito; outras mudanças passaram apenas pela reposição das condições normais de circulação do trânsito automóvel. No entanto, a intervenção foi feita já no pressuposto de que o resto da praça virá a obedecer à mesma matriz.
Recorde-se que os dois projectistas idealizaram um espaço em que a velha calçada portuguesa será substituída por granito escuro e os canteiros da faixa central darão lugar a um terreiro com árvores. A intervenção é defendida pela câmara e pela empresa Metro do Porto como corolário do novo arranjo urbanístico para o local, mas suscitou já um abaixo-assinado de 6200 cidadãos (enviado nomeadamente para a câmara e para a Assembleia da República) a criticarem algumas características do projecto e sobretudo a queixarem-se da ausência de discussão pública.
Anteontem, o assunto foi apreciado pela Comissão Parlamentar de Educação, Ciência e Cultura, tendo na ocasião o presidente do Instituto Português do Património Arquitectónico (Ippar), João Rodeia, elogiado o projecto de Siza e Souto Moura, o qual, de resto, já recebeu parecer positivo daquele instituto em Junho último.
Na mesma sessão, o presidente da Comissão Executiva da Metro do Porto, Oliveira Marques, admitiu a possibilidade de o estudo de impacte ambiental (EIA) não vir a ser cumprido na íntegra. Para esta situação, recorde-se, continua a valer o EIA respeitante ao impacte geral da rede do metro e que foi elaborado no final da década de 90, antes sequer de haver obras no terreno. Esse documento determinava que na construção das estações se procurasse preservar "tanto quanto possível" o espaço preexistente à superfície. No entanto, não é essa claramente a intenção dos responsáveis públicos neste caso, pois já foi anunciado o objectivo de mudar os Aliados de alto a baixo. E, ao que o PÚBLICO soube, não foi elaborado nenhum estudo de impacte ambiental especificamente para esta zona da cidade.»
A propósito ler: Comentário e Leis & castigos
[ *]- adenda
1 Comments:
Bem, pelo menos os jornais já começam a bulir...
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