Nos Jornais- "Cinco meses de obras para mudar Avenida dos Aliados"
No JN: «Requalificação, da responsabilidade da Empresa do Metro, arranca no início da próxima semana
Passeios, faixas de rodagem e placa central terão o mesmo piso granito
Polémica quanto baste, a empreitada de requalificação da Avenida dos Aliados, no Porto, arrancará no início da próxima semana, apurou o JN, junto da Metro. Empresa e Câmara do Porto estão a ultimar, por estes dias, os preparativos da operação (nomedamente no que concerne aos desvios de trânsito), que vai durar cinco meses. Pelo menos, se for cumprido o prazo de execução do projecto, que é de 150 dias. Em Março do próximo ano, a "sala de visitas" da cidade estará completamente diferente, segundo o traço dos arquitectos Siza Vieira e Souto Moura. Investimento estimado 4,8 milhões de euros.
Estátua dará meia volta
A calçada portuguesa desaparecerá dos passeios, que ficarão com um piso semelhante ao das faixas de rodagem e serão mais largos. A placa central da avenida emagrecerá. Os antigos canteiros serão substituídos por árvores ao longo de toda a artéria, mas com maior densidade junto nas imediações da Câmara do Porto, para onde foi projectada uma fonte. Ali serão colocados, também, 30 bancos. Os condutores continuarão a usufruir de três faixas de rodagem, em cada sentido, sendo que, contudo, uma delas será destinada a transportes públicos. A estátua de D. Pedro IV dará meia volta, virando-se para os Paços do Concelho.
As alterações são muitas e nem os elogios do IPPAR (Instituto Português de Património Arquitectónico) esmorecem a indignação de associações ambientalistas e de defesa do património, que contestam a mudança radical de um dos mais emblemáticos locais da cidade. O facto da comissão parlamentar que está a apreciar uma petição popular contra a empreitada ainda não ter elaborado um relatório final também não impede que as máquinas avancem no terreno.
O fim da calçada portuguesa é uma das principais objecções de quem contesta.A opção dos arquitectos foi fazer tudo - passeios, arruamentos e placa central - com cubos de granito em "rabo de pavão" (o novo piso já é visível nos acessos às estações subterrâneas do metro).
Uma medida que passou, também, pela convicção de que o facto do piso da estrada ser igual ao do passeio favorece a circulação mais reduzida dos automóveis. O projecto de Siza Vieira e de Souto Moura é pormenorizado. Os arquitectos indicam quais os materiais a usar nos mais diversos equipamentos guias, rampas, sumidouros, caldeiras, marcos de incêndio, tampas de pavimento, ecopontos, fonte, armários para cobrir caixas de electricidade, papeleiras, cadeiras, quiosques, cabinas telefónicas e iluminação. O objectivo também passa por uniformizar o mobiliário urbano.
A requalificação da Avenida dos Aliados centrar-se-á na área compreendida entre a Câmara e o Palácio das Cardosas. Mais tarde, avançará a requalificação da Praça de Almeida Garrett/Avenida da Ponte e da Rua de Camões, entre a estação da Trindade e Gonçalo Cristóvão. Estas duas obras ainda não foram sequer adjudicadas. Deverão ficar prontas até ao final do primeiro semestre de 2006.
Pormenores
Duração das obras -O período de duração das obras dependerá, sobretudo, da dimensão das muitas alterações ao trânsito que é preciso efectuar. Se forem permitidos desvios mais fortes, a empreitada demorará menos; se forem mais ligeiros, os trabalhos terão de decorrer a ritmo mais lento.
Memórias do passado-O mobiliário urbano recupera alguns dos materiais usados noutros tempos, como os candeeiros (idênticos aos do princípio do século) e os telefones públicos (regresso das cabinas vermelhas).
Calçada noutra rua- A calçada portuguesa,nomeadamente os desenhos, serão colocados na Rua de Sampaio Bruno (pedonal). »
Passeios, faixas de rodagem e placa central terão o mesmo piso granito
Polémica quanto baste, a empreitada de requalificação da Avenida dos Aliados, no Porto, arrancará no início da próxima semana, apurou o JN, junto da Metro. Empresa e Câmara do Porto estão a ultimar, por estes dias, os preparativos da operação (nomedamente no que concerne aos desvios de trânsito), que vai durar cinco meses. Pelo menos, se for cumprido o prazo de execução do projecto, que é de 150 dias. Em Março do próximo ano, a "sala de visitas" da cidade estará completamente diferente, segundo o traço dos arquitectos Siza Vieira e Souto Moura. Investimento estimado 4,8 milhões de euros.
Estátua dará meia volta
A calçada portuguesa desaparecerá dos passeios, que ficarão com um piso semelhante ao das faixas de rodagem e serão mais largos. A placa central da avenida emagrecerá. Os antigos canteiros serão substituídos por árvores ao longo de toda a artéria, mas com maior densidade junto nas imediações da Câmara do Porto, para onde foi projectada uma fonte. Ali serão colocados, também, 30 bancos. Os condutores continuarão a usufruir de três faixas de rodagem, em cada sentido, sendo que, contudo, uma delas será destinada a transportes públicos. A estátua de D. Pedro IV dará meia volta, virando-se para os Paços do Concelho.
As alterações são muitas e nem os elogios do IPPAR (Instituto Português de Património Arquitectónico) esmorecem a indignação de associações ambientalistas e de defesa do património, que contestam a mudança radical de um dos mais emblemáticos locais da cidade. O facto da comissão parlamentar que está a apreciar uma petição popular contra a empreitada ainda não ter elaborado um relatório final também não impede que as máquinas avancem no terreno.
O fim da calçada portuguesa é uma das principais objecções de quem contesta.A opção dos arquitectos foi fazer tudo - passeios, arruamentos e placa central - com cubos de granito em "rabo de pavão" (o novo piso já é visível nos acessos às estações subterrâneas do metro).
Uma medida que passou, também, pela convicção de que o facto do piso da estrada ser igual ao do passeio favorece a circulação mais reduzida dos automóveis. O projecto de Siza Vieira e de Souto Moura é pormenorizado. Os arquitectos indicam quais os materiais a usar nos mais diversos equipamentos guias, rampas, sumidouros, caldeiras, marcos de incêndio, tampas de pavimento, ecopontos, fonte, armários para cobrir caixas de electricidade, papeleiras, cadeiras, quiosques, cabinas telefónicas e iluminação. O objectivo também passa por uniformizar o mobiliário urbano.
A requalificação da Avenida dos Aliados centrar-se-á na área compreendida entre a Câmara e o Palácio das Cardosas. Mais tarde, avançará a requalificação da Praça de Almeida Garrett/Avenida da Ponte e da Rua de Camões, entre a estação da Trindade e Gonçalo Cristóvão. Estas duas obras ainda não foram sequer adjudicadas. Deverão ficar prontas até ao final do primeiro semestre de 2006.
Pormenores
Duração das obras -O período de duração das obras dependerá, sobretudo, da dimensão das muitas alterações ao trânsito que é preciso efectuar. Se forem permitidos desvios mais fortes, a empreitada demorará menos; se forem mais ligeiros, os trabalhos terão de decorrer a ritmo mais lento.
Memórias do passado-O mobiliário urbano recupera alguns dos materiais usados noutros tempos, como os candeeiros (idênticos aos do princípio do século) e os telefones públicos (regresso das cabinas vermelhas).
Calçada noutra rua- A calçada portuguesa,nomeadamente os desenhos, serão colocados na Rua de Sampaio Bruno (pedonal). »
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