O que dizem os candidatos: João Teixeira Lopes
Na parte final do debate do passado dia 23, no auditório do ISEP , aos candidatos à presidência da CMP presentes (BE e CDU) e ao eng. Diogo Alpendurada (que representava a coligação encabeçada por Rui Rio) foram colocadas algumas perguntas feitas pela assistência. A "requalificação" da Avenida dos Aliados/ Praça da Liberdade foi justamente, e como não poderia deixar de ser, o tema de algumas das perguntas.
Tenciono transcrever na íntegra a resposta dos intervenientes na sessão e começo por João Teixeira Lopes que também foi o primeiro a responder. Foi utilizado um pequeno aparelho de gravação de amador(a) e por vezes não se entende bem o que é pronunciado, o que na transcrição é assinalado por [?]. Chama-se a atenção para o facto de se tratar de (uma transcrição de) um discurso oral com as características que lhe são inerentes.
O que dizem os candidatos: João Teixeira Lopes
«As perguntas sobre os Aliados... é difícil, de modo que vou passar a elas precisamente por isso.
Eu não quero fazer juizos de valor estéticos sobre o projecto. Quero dizer todavia que é um exemplo pela negativa do que não deve ser um processo urbanístico, isto é, o facto de não ter havido qualquer tipo de participação cívica, cidadã, ou enfim só ter havido depois do facto consumado, tal como aliás durante o PDM é muitíssimo [?].
A Metro tomou aí uma decisão de puro autoritarismo que se liga a outras decisões que, como agora é sabido, estão agora a ser investigadas pela própria Procuradoria Geral da República.
O Metro do Porto tem sido utilizado para fins partidários. É absolutamente lamentável que assim seja mas é verdade. E neste caso da Avenida dos Aliados, a lógica de facto consumado, venceu a lógica da participação cidadã, cívica.
E eu não aceito também que utilizem os arquitectos-deuses como argumento final. Isto é, parece-me que tem de acabar esse estratagema de todas as câmaras, seja qual for a sua cor política, contratarem 3 ou 4 arquitectos, todos sabemos quem são, para a partir daí se criar uma espécie de divindade e de aura, enfim, aura transcendente que pura e simplesmente deve aplacar todas as críticas, deve aplacar todos os processos de discussão.Confesso que isso tem mesmo que acabar. Porque obviamente esses arquitectos também fazem o seu negócio e são cúmplices também da falta de participação que existe. E alguns deles tem um passado, designadmente o SAAl, que lhes deveria exigir que a participação nos seus projectos fosse essencial.
Por isso mesmo acho que é possível no projecto dos Aliados haver algumas alterações, designadamente ...
É óbvio que não vou ser demagógico ao ponto de dizer que o projecto, no ponto em que se está, iria, enfim ser demolido. É impossível! É a mesma questão do shopping do Bom Sucesso: fazer implodir aquilo agora [?].
Não vou ser demagogo a ponto de dizer isso, não, não é possível.
Mas é possível reduzir [?] , designadamente no aumento da zona pedonal, designadamente na garantia que vai haver aproveitamento do espaço público, que não vai ser um espaço público como na Maia, que é fantasmagórico, que é meramente para o transeunte passar, que não tem recantos de sociabilidade absolutamente nenhuns, que é praça seca, praça morta...
E que por conseguinte haverá aí recantos de sociabilidade e haverá aí também maior arborização. Isso é possível fazer e defenderei que se faça.»
(publica-se logo que haja disponibilidade a transcrição do que disseram Rui Sá , e também Diogo Alpendurada)
Tenciono transcrever na íntegra a resposta dos intervenientes na sessão e começo por João Teixeira Lopes que também foi o primeiro a responder. Foi utilizado um pequeno aparelho de gravação de amador(a) e por vezes não se entende bem o que é pronunciado, o que na transcrição é assinalado por [?]. Chama-se a atenção para o facto de se tratar de (uma transcrição de) um discurso oral com as características que lhe são inerentes.
O que dizem os candidatos: João Teixeira Lopes
«As perguntas sobre os Aliados... é difícil, de modo que vou passar a elas precisamente por isso.
Eu não quero fazer juizos de valor estéticos sobre o projecto. Quero dizer todavia que é um exemplo pela negativa do que não deve ser um processo urbanístico, isto é, o facto de não ter havido qualquer tipo de participação cívica, cidadã, ou enfim só ter havido depois do facto consumado, tal como aliás durante o PDM é muitíssimo [?].
A Metro tomou aí uma decisão de puro autoritarismo que se liga a outras decisões que, como agora é sabido, estão agora a ser investigadas pela própria Procuradoria Geral da República.
O Metro do Porto tem sido utilizado para fins partidários. É absolutamente lamentável que assim seja mas é verdade. E neste caso da Avenida dos Aliados, a lógica de facto consumado, venceu a lógica da participação cidadã, cívica.
E eu não aceito também que utilizem os arquitectos-deuses como argumento final. Isto é, parece-me que tem de acabar esse estratagema de todas as câmaras, seja qual for a sua cor política, contratarem 3 ou 4 arquitectos, todos sabemos quem são, para a partir daí se criar uma espécie de divindade e de aura, enfim, aura transcendente que pura e simplesmente deve aplacar todas as críticas, deve aplacar todos os processos de discussão.Confesso que isso tem mesmo que acabar. Porque obviamente esses arquitectos também fazem o seu negócio e são cúmplices também da falta de participação que existe. E alguns deles tem um passado, designadmente o SAAl, que lhes deveria exigir que a participação nos seus projectos fosse essencial.
Por isso mesmo acho que é possível no projecto dos Aliados haver algumas alterações, designadamente ...
É óbvio que não vou ser demagógico ao ponto de dizer que o projecto, no ponto em que se está, iria, enfim ser demolido. É impossível! É a mesma questão do shopping do Bom Sucesso: fazer implodir aquilo agora [?].
Não vou ser demagogo a ponto de dizer isso, não, não é possível.
Mas é possível reduzir [?] , designadamente no aumento da zona pedonal, designadamente na garantia que vai haver aproveitamento do espaço público, que não vai ser um espaço público como na Maia, que é fantasmagórico, que é meramente para o transeunte passar, que não tem recantos de sociabilidade absolutamente nenhuns, que é praça seca, praça morta...
E que por conseguinte haverá aí recantos de sociabilidade e haverá aí também maior arborização. Isso é possível fazer e defenderei que se faça.»
(publica-se logo que haja disponibilidade a transcrição do que disseram Rui Sá , e também Diogo Alpendurada)
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