3.9.05

Foto antiga # 3


Postal de colecção particular. Anos 70?
É a este conjunto único (Pr. Humberto Delgado/A. Aliados/Pr. da Liberdade), nesta fotografia aérea tão bem evidenciado, que um dos autores do projecto chamou "manta de retalhos" (ouvi eu, com os meus próprios ouvidos!). E nessa mesma ocasião, esse mesmo senhor afirmou referindo-se à placa maior da Avenida que entretando foi completamente arrasada: "O contrato previa que se repusesse o existente, mas como já não havia nada..."
Claro! Havia um grande buraco e a decisão já previamente tomada de transformar radicalmente
o existente. Atropelando a lei * e desrespeitando a cidade e os cidadãos.

*São vários os atropelos da lei, começando pelo facto da obra se ter iniciado sem o parecer prévio do IPPAR (assunto a que brevemente voltaremos); no que diz respeito à não reposição do existente e à execução de um projecto que representa uma alteração profunda relativamente ao que estava inicialmente previsto ver o que diz o Estudo de Impacte Ambiental!

3 Comments:

Anonymous Anónimo said...

De Alexandre Borges Gomes em Luanda:

«que um dos autores do projecto chamou "manta de retalhos"», qual dos dois foi, Siza ou o Robin?

Era esta desconsideração arrogante a que eu me referia quando vos escrevi usando o exemplo de Óscar Niemaier que diz que os seus edifícios são obras de arte e como tal não têm que ser funcionais...

Abraço,

Alexandre Borges Gomes
Luanda.

5/9/05 07:40  
Blogger ManuelaDLRamos said...

Caro Alexandre desculpe ainda não ter respondido!
Não foi o Siza! (ainda não me dei ao trabalho de arranjar a transcrição dessa sessão da Assembleia Municipal, e já o devia ter feito!
"Ils nous prennent tous pour des dupes!" )
Abraço
Manuela

6/9/05 13:28  
Blogger Unknown said...

1. A foto. Foi feita pelo grande fotógrafo e fundador da Belarte, sr. Tavares da Fonseca, obtida em finais dos anos 70.
Vendeu a sua empresa Estudios Tavares da Fonseca em meados dos anos 80 à família Ribeiro, industriais gráficos da cidade do Porto,(Poligráfica)incluindo o arquivo fotográfico,todo ele em sistema de diapositivos, a maior parte em formato 9x12 cm. Incluindo a célebre foto das 3 pontes, que percorreu mundo em cartazes, folhetos, etc. Posteriormente todo o seu espólio foi doado ao Instituto Português de Fotografia, incluindo a câmara que utilizava (e posteriormente um seu discípulo) na fotografia aérea. Fui o responsável por esta empresa durante uns anos.
2. Não acredito que só a vontade de Rui Rio tenha sido o motor para estragar a Avenida. Não só a Manuela o diz, é verdade. Só não acredito que Siza Vieira tenha aceitado pôr o nome num projecto que não era o seu. A não ser que tenha havido muito dinheiro para isso acontecer. Quer dizer, isto só eu a pensar de que... Não afirmo nada. Não estava lá

28/8/10 22:30  

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