30.6.05

Opinião # 4 - "Uma história trágico-urbanística"

Portfólio, de Manuel António Pina na Visão (30/06/05)

«O que está a passar-se com a requalificação ("fracturante" chamou-lhe, num inflamado arroubo, Rui Rio) do conjunto Avenida dos Aliados/ Praça da Liberdade é eloquentemente representativo não só dos métodos do actual presidente da Câmara do Porto como do processo de desertificação da memória urbana que, desde o Porto 2001, vem transformando toda a baixa da cidade numa espécie de pindérico "Readers Digest" urbanístico, traduzido, na maior parte dos casos, num autêntico "lifting" patrimonial, que não deixa atrás de si a mínima marca da história de cada lugar.

Agora chegou a vez da Avenida dos Aliados. O pretexto é a construção de mais uma estação de Metro. Parece que dinheiros públicos, afinal, não faltam: a estação fica a escassos 300 metros da da Praça Almeida Garrett e a 200 da da Trindade. A Metro do Porto não faz a coisa por menos, carago!: três estações numa distância de 500 metros!, as de Lisboa ficam a mais de um quilómetro umas das outras! O resultado será o previsível: sem que os cidadãos do Porto tenham sido tidos nem achados, todo aquele conjunto patrimonial e histórico, emblemática "sala de visitas" da cidade, vai ser (está já a ser) completamente descaracterizado, a sua fisionomia alterada, a sua memória, que se confunde com a memória da própria cidade, pura e simplesmente apagada da fotografia. A ideia, explica o arquitecto Souto Moura aos pacóvios, é transformar aquela "manta de retalhos" numa espécie de Piazza Navona à moda do Porto…

Para isso, Rui Rio ignorou uma deliberação da Assembleia Municipal no sentido de sujeitar o projecto a discussão pública e usou do seu voto de "qualidade" (chamemos-lhe assim…) para impedir a aprovação de uma recomendação no sentido da suspensão das obras, aproveitando a saída da sala do socialista José Luís Catarino para atender o telemóvel…
E, como se tornou costume, não só se esteve nas tintas para a lei (no caso quer a lei 83/95, que impõe a audição dos cidadãos quando estão em causa projectos relevantes quer a Convenção de Aahrus, ratificada por Portugal em 2003, sobre a participação dos cidadãos nos processos de decisão), como permitiu ainda que a obra começasse ilegalmente, sem prévio parecer do IPPAR.

Foi assim que a Metro do Porto – "dona da obra" e hoje verdadeira "dona da cidade", transformada que está numa espécie de pelouro do urbanismo paralelo, sem qualquer controlo democrático – pôde meter mãos ao trabalho. Para isso, a sua adjudicatária Normetro contratou aquilo que Rio, eufórico, classificou de "dream team": Souto Moura e Siza Vieira. E, como seria de esperar depois do que aconteceu na Rotunda da Boavista, o "dream team" irá desfazer (está já a desfazer) canteiros de flores, eliminar árvores da placa central da Praça da Liberdade, arrancar as belíssimas magnólias dos Congregados, substituir a calçada à portuguesa (onde avultavam motivos alusivos ao Vinho do Porto) por cinzento granito monocromático, entregar aos automóveis três-faixas-três (de novo em granito, a arquitectura está acima de minudências humanas como a segurança ou o ruído) de cada um dos lados da Avenida e, capricho dos caprichos, virar ao contrário a estátua de D. Pedro (e vá lá que não se lembrou de a pôr de pernas para o ar!) É o "sizentismo" minimalista em todo o seu esplendor.

Como se dizia de Átila, o Huno, por onde ele passa não volta a crescer nada parecido com uma flor ou um jardim...

E que nenhum ignorante se atreva a questionar os alfaiates do Rei e a constatar que a Avenida vai, afinal, nua…»


A propósito ler:
Sizentismo por Paulo V. Araújo e os Alfaiates do Rei por João Medina
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Adenda: outros textos de MAP publicados nos ALIADOS
Monumento à autocracia - (11.11.05)
Notícias do terramoto do Porto - (10.1.06)
O rei vai nu -(19.6.06)

29.6.05

Provedor de Justiça responde à Campo Aberto a propósito do caso "Av. dos Aliados"

Recorde-se que em 5 de Maio de 2005 a Associação Campo Aberto enviou uma carta à Provedoria da Justiça manifestando a sua perplexidade pela ausência de participação pública no projecto de alteração da Av. dos Aliados. Invocando artigo 4º da Lei n.º 83/95, a Associação solicitava ao Sr. Provedor da Justiça uma intervenção junto das autoridades competentes, nomeadamente a Câmara Municipal do Porto, na figura do seu Presidente, para que se procedesse à “audição dos cidadãos interessados e das entidades defensoras dos interesses que possam vir a ser afectados”.

A resposta chegou finalmente.
Do blogue da Campo Aberto trancreve-se a parte mais importante do ofício lá publicada:
«(...) Informo que a queixa que V. Ex.as., registada na Provedoria de Justiça em 12/05/2005, deu origem ao processo R-1962/05 (A1) (...).

Vai proceder-se à análise das questões suscitadas e à audição do Senhor Presidente da Câmara Municipal do Porto, de modo a procurar esclarecer o assunto, nos termos que se justificarem.

Não competindo ao Provedor de Justiça pronunciar-se sobre o mérito do projecto municipal, a nossa intervenção terá como escopo sindicar o alegado incumprimento da Lei n.º 83/95, de 31 de Agosto, e eventualmente a Lei n.º 107/2001, de 8 de Setembro.
(...)
O Coordenador, André Folque»

Opinião # 3- "Em defesa da Av. dos Aliados e da Pr. da Liberdade"

por Fernanda Seixas, Arquitecta
«A sala de visitas da cidade do Porto vai parecer um espaço mortuário. Não se contesta um novo desenho para a Avenida dos Aliados e Praça da Liberdade. Não se trata de saudosismo.

CONTESTA-SE A IMPOSIÇÃO!
As mudanças aparecem como factos consumados.

CONTESTA-SE O DESENHO!
Na Avenida, mantém-se a actual configuração de arruamentos e áreas de peões, mudando apenas os materiais de revestimento.

Na Praça, reduz-se a área central a uma pequena "lombriga" onde o D. Pedro IV (arauto da Liberdade) fica confinado a um pequeno espaço sem dignidade, ainda por cima virado ao contrário.
A olhar para onde?

CONTESTA-SE A ESCOLHA DOS MATERIAIS!
Granito e cubos de granito em toda a área de intervenção, tanto para peões como para veículos, formam um conjunto de difícil percepção, escuro e que absorve demasiada radiação, considerando a orientação da praça (Norte-Sul). Serão, portanto, espaços inóspitos para estar, além de que ficarão sujos e envelhecidos em pouco tempo.

QUANTO ÀS ÁRVORES
Será verdade que vão abater as magnólias existentes há tantos anos junto à Igreja dos Congregados?
É inacreditável destruir o anúncio da Primavera que elas dão, à entrada da Praça da Liberdade.

QUANTO AOS ESPAÇOS AJARDINADOS
Compreende-se que a Câmara queira reduzir custos de mão-de-obra com a sua manutenção! »

Porto, 28 de Junho de 2005
.

28.6.05

Frase # 2

"Eles são do Porto?! Nem parece gente de cá..."

Frase # 1

"Então nós para mudarmos a fachada da nossa casa temos de pedir autorização e eles vão fazer isto!?"

27.6.05

O projecto para a Avenida dos Aliados nos Blogues

Blogues indexados
A Baixa do Porto; A cidade surpreendente; Absolute Ego Dance; allegro ma non troppo; Arma de distracção maciça; Avenida dos Aliados ; Bateria da Vitória ; bEIJaMeMuiTo; Blasfémias; Cabo Raso; Campo Aberto; Dias com Árvores; Fonte das Virtudes; Novas Energias; Portuense; Poste 327; Provotar; quasOÁSIS; Quartzo, Feldspato & Mica ; SEDE ; Two roads ; Vistas na Paisagem
(Consultar)

(actualizado em 21/07/05)

26.6.05

Sábado na Baixa






Ida à "Baixa" sábado de sol. Tinha lido algures que a zona da Avenida em obras tinha "aberto" e resolvi ir ver. Por ocasião da útima visita o local ainda estava todo ocupado com o estaleiro das obras.
No local pude verificar que afinal a "abertura" tinha sido apenas para a noite de S. João.
No sábado de manhã já tinham recolocado separadores para o trânsito circular e havia lugar também para estacionamento.

As fotografias ficam sem comentários.
Lá em baixo sabia bem almoçar à sombra dos ligustros em flor.

Quadras de S. João nos Aliados


Foto: 25/06/2005

Mais quadras actualizadas... e em actualização (22/6/2006 ) : Ó meu rico S. João

21.6.05

Opinião #2: "Avenida dos Aliados: cá se fazem, cá se pagam"


Público- Local Terça-feira 21-de Junho 2005
Dulce Marques de Almeida
Mestre Arquitecta de Arquitectura Bioclimática
Investigadora de Environement, Energy and Sustainable Design, AA, Londres Reino Unido

Opinião #1: "Silêncio: a obra vai começar!"

por Teresa Andresen, Arquitecta Paisagista
Professora Associada Departamente de Botânica, Faculdade de Ciências da U. do Porto
(in Público-Local - Porto 22 de Março)
«14 de Marco, a televisão apresentou uma notícia sobre uma sessão na Câmara do Porto relativa à apresentação do projecto da Avenida dos Aliados e da Praça da Liberdade da autoria dos arquitectos Siza Vieira e Souto Moura, que foram entrevistados. As palavras de Eduardo Souto Moura produziram em mim um efeito duplo de mágoa e de indignação. Não gravei esses minutos de televisão e, por isso, não sou capaz de reproduzir o que ali foi dito textualmente. Mas transmitiu a ideia que esperava que agora as pessoas não começassem a contestar a obra como sempre acontecia quando no Porto se tocava numa pedra. E até acrescentou que estaria surpreendido pelo facto da obra da Rotunda da Boavista, que teria ficado tão bem, não tivesse recebido aplausos.
O Público de 15 de Março dá conta da posição do presidente da câmara: "Do que ninguém parece duvidar é da contestação que estas alterações irão desencadear na cidade. No Porto, é impossivel começar o que quer que seja sem haver contestação", antecipou Rui Rio, sublinhando que o desenho final decorre de condicionamentos vários mais do que de meros caprichos e insistindo na ideia de que "a intervenção terá a mão de um dos dez melhores arquitectos do mundo, ou seja, Siza Vieira".
Calada tenho estado e sei que muitos outros [tambem o estão]. Mas não posso calar mais. A mágoa é grande, assim como a estupefacção pelo continuado desconhecimento ou menosprezo do "ser" das coisas públicas e isto impele-me a me a não ficar calada. (...)
Estamos a falar de espaço público. Espaço publico é do público, da colectividade, dos munícipes que pagam os seus impostos e que mais frequentemente o utilizam e dele legitimamente se apropriam e o abrem aos visitantes diários ou de passagem. Eles adquiriram naturalmente um direito e um sentimento de posse sobre este espaço, assim como contribuem para a construção do imaginário que se vai tecendo sobre essa apropriação colectiva e que lhes confere o direito de ter uma palavra a dizer sobre os seus desígnios. Ou seja, estamos a falar de cidadania, de cidadãos que não ficam calados e que não gostam de ser admoestados a não falar.
A evolução do espaço público não pode prescindir de intervenções validadas por consurso público, com apresentação de ideias alternativas, acompanhada de pareceres institucionais das tutelas e sobretudo participadas pelo público que precisa de atempadamente, ser informado de forma inteligível e tranquila. A participação é um valor democrático.
Aliás, ao longo de anos tem sido reclamada pela população neste seu local por excelência de afirmação e exercício de princípios democráticos. A Praça e a Avenida (Ironia! chamadas da liberdade e dos aliados!... Humberto Delgado!!! E reparem a simbologia: as estátuas de D. Pedro IV e Garrett nos extremos!) são, como Nuno Corvacho, no Público, dizia: " ...o terreiro dos Aliados, chamemos-lhe assim, é o espaço por excelência onde a cidade manifesta a sua alma colectiva, no que quer que isto signifique".
A solução apresentada pelos arquitectos é uma solução possível. Não conheço o programa encomendado a que estiveram sujeitos, enunciando os objectivos pretendidos Apenas conheço os elementos que a imprensa reproduziu.
Aparenta ser uma solução que privilegia o espaço avenida em vez do espaço praça.
Que privilegia a simplificação da intervenção "verde" recorrendo prioritamente a alamedas (já agora, por favor avaliem a opção das árvores, pois, segundo o jornal, aponta-se para "árvores da mesma família das que lá existem" e isso deixa-me perplexa, pois nenhuma das lá existentes tem revelado adaptar-se bem às condições estéticas e ambientais do lugar? Devia-se trocar ideias e soluções sobre isto!).
Que a privilegias as pessoas nos passeios laterais a alargar, em detrimento da faixa central!
Que provavelmente, antecipa um programa de reabilitação funcional dos edifícios envolventes de mais forte relação com os passeios e que ainda desconhecemos.
Que opta pela neutralização da cor.
Que não atende ao caracter neoclássico/beauxartiano/ecléctico dos edificios circundantes, assim como do espaço avenida e do espaço praça que ali coabitam construídos ao longo do tempo e nunca de uma vez só.
Que opta par uma solução moderno-tardia de simplificação do tratamento do espaço exterior num local onde a remodelação das fachadas dos edificios ao encontro da nova solução agora proposta é impensável (julgo eu!).
O Porto 2001 trouxe investimentos assinaláveis a cidade no respeitante ao espaço publico. É urgente fazer uma avaliação rigorosa e participada desta experiência. Eu diria que houve muita intervenção cujo resultado, em termos gerais, é asseado e asséptico ou higienizado ou esterilizado, ou como lhe queiram chamar, conduzindo a espaços com maior transparêcia e aparente largueza, por vezes pulverizados de mobiliário, mas ambiental, patrimonial e vivenciahnente muito mais pobres.
A qualidade dos materiais - vivos e inertes- introduzidos tem deixado muito a desejar e as soluções projectuais, na maioria dos casos, não revelam qualquer preocupação ou sensibilidade com a sustentabilidade dos programas de conservação e manutenção do espaço público, havendo já sinais de manifesta degradação. A marginal ribeirinha sera uma excepção, embora continue a achar que obrigou a ceder muito espaço público de usa pouco flexível par causa da manutenção do eléctrico. Mas veja-se a Cordoaria, Poveiros, Montevideu, Batalha, Leões, Infante, etc. A Avenida e a Praça estão agora em marcha.
A opção é criar o vazio, como noticia o Público, citando Souto Moura. "O vazio que pode ficar ocupado". E o que estará para vir? A Arca de Água resistirá ao vazio? E São Lázaro? E o Passeio Alegre? Também seremos admoestados a calar?!
No domínio de novos espaços públicos, ditos verdes, se exceptuarmos a Parque da Cidade, Sobreiras, Pasteleira (recuso-me a incluir a alameda de Cartes, a negação do desenho urbano e da compreensão da vivência do espaço público!) pouco mais se terá feito nos tempos recentes. Privilegiou-se "redesenhar" espaços estabilizados na malha urbana com carga patrimonial -cultural/natural- apropriados pelo imaginário colectivo, ignorando que a defesa do património diz respeito a todos.
Será de ficarmos calados? Mesmo quando, como no caso da Praça e da Avenida , a Câmara do Porto usa a autoridade de dois consagrados nomes da arquitectura para manter-nos clados?
Ora isto não pode estar bem! Eis a minha mágoa e a minha indignação!»
Teresa Andresen
Arquitecta Paisagista, Professora Associada Departamento de Botânica, Faculdade de Ciências da Universidade do Porto
(Este artigo de opinião que- como já foi referido- saíu no Público-Local/Porto no dia 22 de Março, foi nesse mesmo dia reproduzido pela primeira vez, num comentário a "Sizentismo" o implacável texto que Paulo V. Araújo escreveu sobre o projecto de "requalificação" para a Avenida e Praça.)

18.6.05

MANIFESTO

"A história do povo é povo. Destruí-la é destruí-lo." (João Araújo Correia, 1974)
«Vimos manifestar o nosso desacordo pelo modo como está a ser imposta à cidade do Porto, sem consulta pública, uma transformação radical do conjunto Avenida dos Aliados e Praça da Liberdade, e exprimir o nosso desgosto pela perda patrimonial e descaracterização da cidade que o projecto determina.
Apelamos aos poderes públicos, e em particular ao Sr. Presidente da Câmara Municipal do Porto, e ainda ao Sr. Presidente da Comissão Executiva da Metro do Porto, S.A., assim como aos Arquitectos responsáveis pelo projecto de requalificação, para que este seja reconsiderado de modo a que se salvaguarde o património histórico insubstituível e o valor simbólico desta zona da cidade, nomeadamente no que respeita à preservação da calçada portuguesa, das zonas ajardinadas e das magnólias junto à Igreja dos Congregados.» (14-06-05)
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Se pretender apoiar este manifesto por favor peça informações para portoaliados@sapo.pt sobre como (onde) pode assinar .
Como alternativa pode também enviar o seu nome, a indicação da sua profissão e o nº do Bilhete de Identidade para o mesmo mail.
(NB: o nº do BI não será divulgado)
Não está ao par do que se passa? Leia:
Informe-se AQUI e também aqui.

.....
Novembro 2005: Veja o que entretanto se fez aqui e aqui

Razão de ser do Manifesto/ Abaixo-assinado

NOTA EXPLICATIVA Manifesto/ Abaixo-assinado de protesto

Em finais do passado mês de Abril, a empresa Metro do Porto S.A. iniciou as obras de remodelação da Avenida dos Aliados segundo um projecto adoptado sem qualquer consulta pública e por ajuste directo.
Esse projecto prolonga a estética perfilhada pelos projectos da Porto 2001 com a substituição da "calçada portuguesa" por grandes superfícies cobertas a granito sem qualquer respeito por árvores e zonas ajardinadas.
Além da descaracterização e perda patrimonial que estas intervenções significam, o granito agravará notoriamente, como já sucede noutros locais da cidade, as condições climáticas locais,
nomeadamente a ilha de calor, com sérias implicações para a qualidade ambiental da cidade.

Uma intervenção tão radical no coração da cidade do Porto, com impacto relevante no ambiente e nas condições económicas e sociais dos portuenses, nunca deveria ter avançado desta lamentável forma autocrática
(Lei n.º83/95).
Só uma ampla consulta popular, seguida de concurso público em que fossem claros os valores patrimoniais a preservar, poderia legitimar uma intervenção transformadora na Av. Aliados e Praça da Liberdade. Na ausência de um tal procedimento, a Metro do Porto SA dever-se-ia limitar a cumprir o contrato e simplesmente repor a traça original do conjunto.

Não podemos assistir mudos e quedos a um processo que, por afectar um local tão emblemático, abre as portas a todo o tipo de intervenções arbitrárias na cidade à revelia dos seus cidadãos.

Está a circular um
abaixo-assinado de protesto que já recolheu um número representativo de assinaturas. As Associações cívicas e os portuenses não podem alhear-se deste movimento!
Exerça o seu direito de cidadania.

Aqui vão alguns atalhos com informação sobre o projecto e as obras em curso.

(a) Informação oficial da Câmara:
http://www.cm-porto.pt/pageGen.asp?SYS_PAGE_ID=455902&ID=1373
http://www.cm-porto.pt/document/449218/477155.pdf

(b) Imagens das obras, exibindo o contraste entre a calçada portuguesa o
granito:
http://campo-aberto.blogspot.com/2005/06/na-avenida-dos-aliados-as-obras.html

(c) Fotos da Praça da Liberdade ainda não tocada pelas obras:
http://dias-com-arvores.blogspot.com/2005/06/o-ltimo-vero.html